PÓ DE VIDRO - USO EM PROCESSO INDUSTRIAL

sábado, 17 de março de 2012

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INTRODUÇÃO:
A reciclagem é um processo industrial que converte o lixo ou resíduo descartado em produto semelhante ao inicial ou em outro produto. Existem inúmeras vantagens para se reciclar os resíduos, dentre as quais: proteção e conservação dos recursos naturais, geração de empregos através da criação de indústrias recicladoras, economia de energia, redução da poluição do ar e das águas, diminuição da quantidade de resíduo a ser aterrado, aumento da vida útil do aterro sanitário, entre outras. A quantidade de resíduos gerados por alguns setores produtivos desperta o interesse para a busca de novos materiais e tecnologias, com o intuito de atender questões técnicas, econômicas, sociais e, principalmente, ambientais. Alguns produtos constituintes do lixo podem ser reaproveitados como matéria-prima para a produção de materiais de construção. O vidro, cuja composição é formada principalmente por SiO2, é um dos materiais com maior tempo de decomposição na natureza, podendo ser reciclados: potes, frascos, garrafas e cacos. Esta pesquisa versa sobre a incorporação de pó de vidro em concretos de cimento portland e propõe o estudo das propriedades mecânicas destes compósitos. Dessa forma foram produzidos concretos contendo diferentes porcentagens de pó de vidro 0%, 10% e 15% e determinadas suas resistências à tração e à compressão.
METODOLOGIA:
O procedimento adotado para a produção do concreto iniciou pela seleção da dosagem mais conveniente, sendo escolhido o traço em massa 1 : 2 : 3 : 0,57. Os materiais empregados foram: pó de vidro, areia fina de quartzo, com massa específica de 2,63 g/cm3, massa aparente de 1,55 kg/L, dimensão máxima característica de 1,2 mm e módulo de finura de 1,69, pedrisco de basalto, com massa específica de 2,46 g/cm3, massa aparente de 1,52 kg/L, dimensão máxima característica de 9,5 mm, módulo de finura de 3,55 e absorção de 0,52%, cimento CPIII. Foram produzidas 3 misturas, sendo: uma sem a adição de pó de vidro, considerada de referência, uma com a adição de 10% de pó de vidro em relação ao agregado miúdo e outra com a adição de 15% de pó de vidro em relação ao agregado miúdo. Foi realizada a lavagem dos materiais componentes da mistura e moldados os corpos-de-prova cilíndricos (100x200 mm) e prismáticos (150x150x750mm) para cada um dos traços indicados. Os corpos-de-prova foram curados em água durante 28 dias e então submetidos aos ensaios de resistência à compressão e à tração.
RESULTADOS:
Os resultados dos ensaios mecânicos para os concretos de referência, com 10% de pó de vidro e com 15% de pó de vidro são respectivamente: ensaio de resistência à compressão (NBR 5739) 37,20 MPa, 48,10 MPa, 39,73 MPa; ensaio de resistência à tração (NBR 7222) 10934,35 Kgf, 11519,68 Kgf, 14585,70 Kgf; e ensaio de resistência à flexão (NBR 12142) 3765,80 Kgf, 4062,75 Kgf, 3315,55 Kgf.
CONCLUSÕES:
Comparados os resultados obtidos nos ensaios do concreto com pó de vidro e do concreto de referência, pôde-se observar que os concretos modificados apresentaram melhores resultados, ou seja, tiveram maior resistência que o concreto de referência. A única exceção ocorreu no teste de resistência à tração na flexão do concreto com 15% de pó de vidro, que apresentou uma resistência inferior ao concreto de referência. Podemos concluir que o pó de vidro, nas proporções estudadas, pode ser empregado em concretos correntes a fim de melhorar seu desempenho estrutural. A possibilidade do emprego deste material alternativo ao concreto passa a ser uma alternativa tecnológica sustentável contribuindo para a diminuição de lixo industrial e a preservação de recursos naturais.
Instituição de fomento: PUC-CAMPINAS / FAPIC / Engenharia Civil

Pó de Vidro em Materiais Compósitos

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Estudo do Reaproveitamento do Pó de Vidro em Materiais Compósitos
Pâmela Cristina Fernandes 1
Rosa Cristina Cecche Lintz 2
(1. Faculdade de Engenharia Ambiental / CEATEC - FEA PUC-CAMPINAS; 2. Faculdade de Engenharia Civil / CEATEC - FEC PUC-CAMPINAS)
INTRODUÇÃO:
A reciclagem é um processo industrial que converte o lixo ou resíduo descartado em produto semelhante ao inicial ou em outro produto. Existem inúmeras vantagens para se reciclar os resíduos, dentre as quais: proteção e conservação dos recursos naturais, geração de empregos através da criação de indústrias recicladoras, economia de energia, redução da poluição do ar e das águas, diminuição da quantidade de resíduo a ser aterrado, aumento da vida útil do aterro sanitário, entre outras. A quantidade de resíduos gerados por alguns setores produtivos desperta o interesse para a busca de novos materiais e tecnologias, com o intuito de atender questões técnicas, econômicas, sociais e, principalmente, ambientais. Alguns produtos constituintes do lixo podem ser reaproveitados como matéria-prima para a produção de materiais de construção. O vidro, cuja composição é formada principalmente por SiO2, é um dos materiais com maior tempo de decomposição na natureza, podendo ser reciclados: potes, frascos, garrafas e cacos. Esta pesquisa versa sobre a incorporação de pó de vidro em concretos de cimento portland e propõe o estudo das propriedades mecânicas destes compósitos. Dessa forma foram produzidos concretos contendo diferentes porcentagens de pó de vidro 0%, 10% e 15% e determinadas suas resistências à tração e à compressão.
METODOLOGIA:
O procedimento adotado para a produção do concreto iniciou pela seleção da dosagem mais conveniente, sendo escolhido o traço em massa 1 : 2 : 3 : 0,57. Os materiais empregados foram: pó de vidro, areia fina de quartzo, com massa específica de 2,63 g/cm3, massa aparente de 1,55 kg/L, dimensão máxima característica de 1,2 mm e módulo de finura de 1,69, pedrisco de basalto, com massa específica de 2,46 g/cm3, massa aparente de 1,52 kg/L, dimensão máxima característica de 9,5 mm, módulo de finura de 3,55 e absorção de 0,52%, cimento CPIII. Foram produzidas 3 misturas, sendo: uma sem a adição de pó de vidro, considerada de referência, uma com a adição de 10% de pó de vidro em relação ao agregado miúdo e outra com a adição de 15% de pó de vidro em relação ao agregado miúdo. Foi realizada a lavagem dos materiais componentes da mistura e moldados os corpos-de-prova cilíndricos (100x200 mm) e prismáticos (150x150x750mm) para cada um dos traços indicados. Os corpos-de-prova foram curados em água durante 28 dias e então submetidos aos ensaios de resistência à compressão e à tração.
RESULTADOS:
Os resultados dos ensaios mecânicos para os concretos de referência, com 10% de pó de vidro e com 15% de pó de vidro são respectivamente: ensaio de resistência à compressão (NBR 5739) 37,20 MPa, 48,10 MPa, 39,73 MPa; ensaio de resistência à tração (NBR 7222) 10934,35 Kgf, 11519,68 Kgf, 14585,70 Kgf; e ensaio de resistência à flexão (NBR 12142) 3765,80 Kgf, 4062,75 Kgf, 3315,55 Kgf.
CONCLUSÕES:
Comparados os resultados obtidos nos ensaios do concreto com pó de vidro e do concreto de referência, pôde-se observar que os concretos modificados apresentaram melhores resultados, ou seja, tiveram maior resistência que o concreto de referência. A única exceção ocorreu no teste de resistência à tração na flexão do concreto com 15% de pó de vidro, que apresentou uma resistência inferior ao concreto de referência. Podemos concluir que o pó de vidro, nas proporções estudadas, pode ser empregado em concretos correntes a fim de melhorar seu desempenho estrutural. A possibilidade do emprego deste material alternativo ao concreto passa a ser uma alternativa tecnológica sustentável contribuindo para a diminuição de lixo industrial e a preservação de recursos naturais.
Instituição de fomento: PUC-CAMPINAS / FAPIC / Engenharia Civil
Trabalho de Iniciação Científica

LOGISTICA REVERSA - EM ANDAMENTO

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O Estado de São Paulo através do secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas e do governador Geraldo Alckmin, assinou quatro Termos de Compromisso setoriais sobre resíduos sólidos, junto com o presidente e o vice-presidente da CETESB, respectivamente, Otávio Okano e, Nelson Bugalho, e representantes das entidades setoriais.
 O secretário Bruno Covas explicou que "os termos são fruto de conversas, seminários e debates com os próprios setores. Isso mostra o compromisso moral com as futuras gerações". Os Termos assinados implementam modelos propostos pelos próprios setores empresariais, como resultado da Resolução SMA 38, de 2 de agosto de 2011.
 Na ocasião, a Secretaria do Meio Ambiente (SMA) demandou a 13 setores produtivos a elaboração de sistemas que ofereçam alternativas para a destinação ambientalmente adequada dos resíduos produzidos após o consumo de seus produtos. Foram recebidas 189 propostas, representando cerca de três mil empresas. Segundo o secretário, este formato de diálogo com os setores regulados representa uma importante inovação no modo de propor políticas públicas.
 Os documentos firmam o compromisso de estabelecer o conceito de logística reversa com quatro setores, embalagens plásticas de óleos lubrificantes, embalagens de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, materiais de limpeza e afins, de embalagens de agrotóxicos e de pilhas e baterias portáteis.
Logística Reversa
 A logística reversa pode ser entendida como o ato de retornar às cadeias produtivas os resíduos gerados no consumo dos produtos, permitindo sua reciclagem ou reaproveitamento. É talvez a parte mais visível da "responsabilidade pós-consumo", conceito introduzido em 2006 na Política Estadual de Resíduos Sólido (PERS), posteriormente também incluído na Política Nacional de Residuos Solidos (PNRS). De acordo com este, fabricantes, distribuidores ou importadores de produtos que venham a gerar resíduos significativos, mesmo após o consumo dos produtos, são responsáveis pelo seu gerenciamento nos termos da lei.
 Dos projetos que serão executados, alguns já estão em andamento devido à pró-atividade dos próprios setores, ou mesmo pela existência de regras federais. É o caso das embalagens de agrotóxicos e do Programa Jogue Limpo, do Sindicom, cujo vídeo institucional foi veiculado aos presentes.
 "A assinatura destes termos mostra o comprometimento do setor produtivo paulista com a responsabilidade pós-consumo estabelecida em lei. Estes são os primeiros termos e outros serão negociados e assinados nos próximos meses. Esperamos incentivar também os outros setores", destacou o secretário Bruno Covas.
Os signatários dos Termos de Compromisso foram:
 - Embalagens de óleos lubrificantes: Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Sindicato Interestadual das Indústrias Misturadoras, Envasilhadoras de Produtos Derivados de Petróleo (Simepetro), Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes (Sindilub), Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), Sindicato Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Lava-rápidos e Estacionamentos de Santos e Região (Resam), Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região (Recap), Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABCDMRR (Regran), Sindicato Nacional do Comércio Transportador, Revendedor, Retalhista, Óleo Diesel, Óleo Combustível e Querosene (Sinditrr) criarão sistema próprio para recebimento e coleta das embalagens.
 - Embalagens de produtos de higiene pessoal, perfumaria, cosméticos, materiais de limpeza e afins: Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla) irão trabalhar junto às prefeituras e cooperativas de reciclagem.
 - Embalagens de agrotóxicos: Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) e Associação dos distribuidores de insumos agropecuários (Andav) usarão os canais de comércio próprio desses insumos.
 - Pilhas e baterias: Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) usará os canais dos grandes comércios varejistas.
Outros documentos
 Ainda no evento, houve a assinatura de um convênio com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas no Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), que prevê uma série de atividades em conjunto. O foco é a melhoria da gestão dos resíduos de construção e demolição (RCD), incluindo ações de capacitação, desenvolvimento de material didático, entre outros, além de estudos para normas de construção civil sustentável, em atendimento conjunto das Políticas Estaduais de Resíduos Sólidos e Mudanças Climáticas.
 Outro documento assinado foi um Protocolo de Intenção entre a Secretaria do Meio Ambiente (SMA), Sinduscon-SP e Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). O objetivo é discutir a construção de um sistema declaratório de resíduos sólidos para o estado de São Paulo, ferramenta de gestão prevista em lei e que consiste em um sistema de informação para gestão dos resíduos sólidos no estado, assegurando a rastreabilidade dos resíduos e a confiabilidade das informações.
 No evento ainda foi anunciado a assinatura, ocorrida em dezembro de 2011, de um contrato entre o Governo do Estado, por meio da SMA, e Caixa Econômica Federal (CEF) para repasse de recursos para elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS), no valor de R$ 1,750 milhão, com contrapartida de R$ 700 mil da SMA. Os valores foram obtidos por meio de um edital do Ministério do Meio Ambiente, no qual a proposta da SMA ficou em primeiro lugar.
 Além destas parcerias, o Governador Geraldo Alckmin ainda assinou na ocasião um decreto criando o Programa Estadual de Implementação de Projetos de Resíduos Sólidos. O objetivo é atender às diversas ações do governo do estado na política de resíduos sólidos. Esse decreto cria quatro desses projetos, referentes à: elaboração do Plano Estadual de resíduos sólidos; apoio à gestão municipal de resíduos sólidos; apoio às atividades de reciclagem, coleta seletiva e melhoria na destinação final dos resíduos sólidos; e educação ambiental para gestão dos resíduos sólidos. Esses projetos serão, em breve, detalhados pela SMA em normas próprias.
 Ao final, o Governador ressaltou a importância do tema e o caráter pioneiro da iniciativa no país. "A Secretaria do Meio Ambiente assinou o protocolo com as entidades para se ter um trabalho de logística reversa e conscientização dos consumidores", declarou Alckmin. Com informações da SMA.

reciclagem de embalagens de agrotóxicos

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MT é referência na reciclagem de embalagens de agrotóxicos
Do G1, com informações do Globo Rural
O Brasil aparece em primeiro lugar no ranking mundial dos países que mais recolhem embalagens de produtos agropecuários, com destaque para os agricultores de Mato Grosso.
Agricultor há 34 anos, Vitório Cella lembra das dificuldades que teve para se desfazer das embalagens de agrotóxico. “Esmagava os latões para se decomporem e as embalagens de vidro eram enterradas num solo mais profundo. Depois, veio a embalagem plástica. E então veio a reciclagem. Com a reciclagem, veio a conscientização da devolução”, disse.
Ele e outros produtores rurais podem agendar e fazer a entrega em uma das unidades recolhimento. A central, em Sorriso (MT), recebe uma média de cem toneladas de embalagens de agrotóxicos por mês, que saem da cidade e de oito postos da região. É um trabalho que funciona há 11 anos e ajuda a evitar prejuízos ao meio ambiente e à saúde da população.
Na central, trabalham 12 funcionários que precisam estar devidamente equipados. Todo o material recolhido passa por um processo de limpeza e prensagem. Depois, é separado em fardos que pesam 80 quilos. Quando recicladas, as embalagens se transformam em outros produtos.
Números
Mato Grosso é referência no país na reciclagem de embalagens. Só no primeiro semestre deste ano, o estado destinou 3,3 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos. Isso é 23% a mais do que o mesmo período do ano passado.
O Brasil recolheu, ano passado, 94% das embalagens; o Canadá, 73%; e a Alemanha, 65%