Existem vários processos de reciclagem, como exemplo, o plástico (sacolas plásticas),
papel, vidros, alumínio, entre outros. O processo de reciclagem ocorre também com o tecido.
Sabe-se que no Brasil existem algumas empresas que reciclam tecidos. Normalmente estas
empresas compram resíduos de tecidos já separados por cor. O processo de reciclagem do
tecido é feito da seguinte maneira:
a) máquina trituradora (rasga o tecido em vários pedacinhos até quase se
desmanchar, ficando sem fibra);
b) adiciona-se poliéster ao tecido em uma nova máquina que mistura os dois
produtos formando fibras mistas;
c) maçaroqueira: máquina que enrola a fibra de algodão em uma bobina;
d) filatório: máquina que faz o fio/barbante.
Nota-se que neste processo de reciclagem, o tecido passa a ser novamente a matériaprima
que dá continuidade ao novo processo de industrialização.
O processo de reciclagem do tecido pode gerar benefícios para a empresa e o meio
ambiente, mas antes de tudo é necessário analisar o custo de todo este processo e verificar a
viabilidade do processo.
CUSTO-BENEFÍCIO DA RECICLAGEM
Todo processo produtivo que gera resíduo pode, muitas vezes, ser reciclado. No caso
das indústrias de confecção (as que compram tecidos para a fabricação de um produto), estes
resíduos podem ser reciclados, de modo a evitar o entulho na fábrica e melhorar o ambiente
de trabalho.
É preciso, antes de qualquer coisa, ser avaliado todo o processo produtivo e verificar
onde acontece o maior desperdício e o por que disto. Depois de averiguado este processo,
deve-se seguir para a nova etapa, verificar os custos: analisar todo o tempo de separação do
resíduo, custo de implantação do processo bem como a compra de lixeirinhos para cada tipo
de resíduo gerado na indústria.
O custo maior está na separação do material, afinal, torna-se mais cômodo jogar o
resíduo em um lixeiro qualquer e esperar o caminhão de lixo passar. Mas sabe-se que isto não
é correto e que necessário se faz a conscientização de todos na separação dos resíduos gerados
dentro da empresa.
A relação custo-benefício da reciclagem pode ser positiva ou negativa, confome
Thomé (2005):
[...] será negativa, por exemplo, quando a reciclagem consumir mais recursos
naturais do que a produção a partir de matérias-primas não recicladas ou quando o
custo operacional de reciclar for muito elevado; existência de empresas recicladoras
nas circunvizinhanças do município, devido ao custo de transporte; entre outras
variáveis a serem consideradas
Há muitas vantagens e benefícios para se reciclar um material, pois quando se recicla
há menos poluição no ar, na água e no solo. Além disto, há a economia de energia elétrica e
matéria-prima, também ajuda a melhorar a limpeza da cidade, gera renda pela
comercialização dos recicláveis, além de gerar empregos.
LEGISLAÇÕES PERTINENTES
Visando regulamentar as atividades ambientais no país, o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) instituído pela lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente, é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente –
SISNAMA, e publica suas resoluções aprovadas no Diário Oficial da União e em seu site,
tornando público o embasamento legal para entidades ligadas ao meio ambiente.
De acordo com a resolução número 275 de 25 de abril de 2001, o CONAMA
estabelece o código das cores para os diferentes tipos de resíduos a ser adotado na
identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a
coleta seletiva. O art. 2º desta resolução regulamenta que:
"Os programas de coleta seletiva, criados e mantidos no âmbito de órgãos da
administração pública federal, estadual e municipal, direta e indireta, e entidades
paraestatais, devem seguir o padrão de cores estabelecido em Anexo.
§ 1o Fica recomendada a adoção de referido código de cores para programas de
coleta seletiva estabelecidos pela iniciativa privada, cooperativas, escolas, igrejas,
organizações não-governamentais e demais entidades interessadas."
.
O Quadro 2 mostra o código de cores dos resíduos que a Resolução 275 de 25 de abril
de 2001 estabelece :
Quadro 2 - Código de cores para os diferentes tipos de resíduos
Fonte: Adaptado de Resolução número 275 de 25 de abril de 2001 do CONAMA
Código de cores dos resíduos
Azul -papel/papelão
Vermelho -Plástico
Verde -Vidro
Amarelo- Metal
Preto- Madeira
Laranja- resíduos perigosos
Branco- resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
Roxo- resíduos radioativos
Marrom -resíduos orgânicos
Cinza -resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de
separação