RECICLAGEM DE TECIDOS

terça-feira, 12 de abril de 2011

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Existem vários processos de reciclagem, como exemplo, o plástico (sacolas plásticas),
papel, vidros, alumínio, entre outros. O processo de reciclagem ocorre também com o tecido.
Sabe-se que no Brasil existem algumas empresas que reciclam tecidos. Normalmente estas
empresas compram resíduos de tecidos já separados por cor. O processo de reciclagem do
tecido é feito da seguinte maneira:
a) máquina trituradora (rasga o tecido em vários pedacinhos até quase se
desmanchar, ficando sem fibra);
b) adiciona-se poliéster ao tecido em uma nova máquina que mistura os dois
produtos formando fibras mistas;
c) maçaroqueira: máquina que enrola a fibra de algodão em uma bobina;
d) filatório: máquina que faz o fio/barbante.
Nota-se que neste processo de reciclagem, o tecido passa a ser novamente a matériaprima
que dá continuidade ao novo processo de industrialização.
O processo de reciclagem do tecido pode gerar benefícios para a empresa e o meio
ambiente, mas antes de tudo é necessário analisar o custo de todo este processo e verificar a
viabilidade do processo.

CUSTO-BENEFÍCIO DA RECICLAGEM
Todo processo produtivo que gera resíduo pode, muitas vezes, ser reciclado. No caso
das indústrias de confecção (as que compram tecidos para a fabricação de um produto), estes
resíduos podem ser reciclados, de modo a evitar o entulho na fábrica e melhorar o ambiente
de trabalho.
É preciso, antes de qualquer coisa, ser avaliado todo o processo produtivo e verificar
onde acontece o maior desperdício e o por que disto. Depois de averiguado este processo,
deve-se seguir para a nova etapa, verificar os custos: analisar todo o tempo de separação do
resíduo, custo de implantação do processo bem como a compra de lixeirinhos para cada tipo
de resíduo gerado na indústria.
O custo maior está na separação do material, afinal, torna-se mais cômodo jogar o
resíduo em um lixeiro qualquer e esperar o caminhão de lixo passar. Mas sabe-se que isto não
é correto e que necessário se faz a conscientização de todos na separação dos resíduos gerados
dentro da empresa.
A relação custo-benefício da reciclagem pode ser positiva ou negativa, confome
Thomé (2005):

[...] será negativa, por exemplo, quando a reciclagem consumir mais recursos
naturais do que a produção a partir de matérias-primas não recicladas ou quando o
custo operacional de reciclar for muito elevado; existência de empresas recicladoras
nas circunvizinhanças do município, devido ao custo de transporte; entre outras
variáveis a serem consideradas
Há muitas vantagens e benefícios para se reciclar um material, pois quando se recicla
há menos poluição no ar, na água e no solo. Além disto, há a economia de energia elétrica e
matéria-prima, também ajuda a melhorar a limpeza da cidade, gera renda pela
comercialização dos recicláveis, além de gerar empregos.

LEGISLAÇÕES PERTINENTES
Visando regulamentar as atividades ambientais no país, o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) instituído pela lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente, é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente –
SISNAMA, e publica suas resoluções aprovadas no Diário Oficial da União e em seu site,
tornando público o embasamento legal para entidades ligadas ao meio ambiente.
De acordo com a resolução número 275 de 25 de abril de 2001, o CONAMA
estabelece o código das cores para os diferentes tipos de resíduos a ser adotado na
identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a
coleta seletiva. O art. 2º desta resolução regulamenta que:

"Os programas de coleta seletiva, criados e mantidos no âmbito de órgãos da
administração pública federal, estadual e municipal, direta e indireta, e entidades
paraestatais, devem seguir o padrão de cores estabelecido em Anexo.
§ 1o Fica recomendada a adoção de referido código de cores para programas de
coleta seletiva estabelecidos pela iniciativa privada, cooperativas, escolas, igrejas,
organizações não-governamentais e demais entidades interessadas."
.
O Quadro 2 mostra o código de cores dos resíduos que a Resolução 275 de 25 de abril
de 2001 estabelece :
Quadro 2 - Código de cores para os diferentes tipos de resíduos
Fonte: Adaptado de Resolução número 275 de 25 de abril de 2001 do CONAMA
Código de cores dos resíduos

Azul -papel/papelão
Vermelho -Plástico
Verde -Vidro
Amarelo- Metal
Preto- Madeira
Laranja- resíduos perigosos
Branco- resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
Roxo- resíduos radioativos
Marrom -resíduos orgânicos
Cinza -resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de
separação

TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DO LIXO

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Reciclar economiza energia, reduz o acúmulo de resíduos, além de assumir um papel
fundamental na preservação do meio ambiente, pois diminui a extração de recursos naturais.
O tempo de decomposição do lixo depende do tipo de material que este é feito. Como
exemplo tem-se o chiclete, que leva cerca de 5 anos para se decompor totalmente em vista que
o pano leva em torno de 6 meses a um ano para se decompor.
Segundo Mãe Terra (2005), o tempo de decomposição de alguns materiais são de
acordo com o Quadro 1:
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LIXO TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO

Quadro 1 – Tempo de decomposição do material na natureza
  1. Papel De 3 a 6 meses
  2. Panos De 6 meses a 1 ano
  3. Pontas de cigarro De 5 a 10 anos
  4. Sacos plásticos De 30 a 40 anos
  5. Latas de alumínio De 80 a 100 anos
  6. Garrafas de vidro 1 milhão de anos
  7. Borracha Tempo indeterminado
  8. Tecidos de algodão 1 a 5 meses
  9. Meia de lã 1 ano

Fonte: Adaptado de Mãe Terra.
<http://www.maeterra.com.br/index.php?secao=13f>. Acesso em 17 set. 2005.
Informações sobre o lixo. Disponível em:

É interessante e vantajoso fazer o processo de reciclagem, afinal, se algum material
pode ser reutilizado, pode-se contribuir com a natureza para que não leve meses ou até mesmo
anos para decompor o material e acumular lixos nos aterros sanitários.