Consumidores de materiais de construção verdes

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

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Uma Pesquisa da Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Espírito Santo identificou três tipos de usuários que utilizam materiais de construção sustentáveis em suas obras e verificou o mercado desses produtos no Espírito Santo, apurou a Revista Sustentabilidade.

O estudo, conduzido por Márcia Bissoli, professora do Departamento de Arquitetura da Universidade Federal do Espírito Santo (DAU-UFES) se baseou na oferta de materiais de construção verdes no mercado em diversas cidades capixabas e visitou obras construídas para verificar o perfil de seus proprietários e identificar quais produtos são comprados.

Como resultado, três tipos de usuários foram identificados: os "ambientalmente conscientes", os "criativos por necessidade" e os "ambientalmente chiques".

Os "ambientalmente conscientes", integram o grupo das pessoas que usam materiais alternativos, simples e recicláveis por opção, em construções geralmente empreendidas em áreas afastadas dos centros urbanos. Para estes usuários, o poder aquisitivo não influencia na opção do uso dos materiais, que são em sua maioria o eucalipto tratado, as telhas produzidas a partir de materiais reciclados, pneus inservíveis usados para jardinagem, além de vidros reaproveitados e cacos de cerâmica e cascalho usados para revestimento.

O segundo grupo de usuários identificado pela pesquisa são os "criativos por necessidade", pessoas que usam os materiais verdes como uma alternativa aos convencionais, por falta de acesso à elas. Geralmente são moradores de áreas de risco ou pessoas de menor poder aquisitivo.

Os principais materiais utilizados por esse perfil são resíduos de madeira, que servem para o revestimento de pisos e paredes porém necessitam ser trocados a cada 3 meses e cacos de cerâmica e tampinhas de garrafas para revestimentos de pisos e paredes.

Um terceiro perfil identificado foi o dos "ambientalmente chiques", aqueles que adotam o uso de materiais reciclados, produzidos em escala industrial, por terem uma percepção de que esses materiais estão na moda. Entre seus materiais preferidos estão a madeira de demolição, as pastilhas de coco e a madeira plástica.

O trabalho destaca também que a escolha dos materiais verdes deve seguir algumas recomendações, como aproveitar a mão-de-obra local, contratar profissionais técnicos capacitados a orientar adequadamente os moradores em suas intervenções físicas na moradia e fazer uso de produtos e tecnologias sustentáveis durante as diversas etapas da obra.

Os resultados indicam que o desconhecimento dos materiais verdes por arquitetos e consumidores é um dos maiores gargalos para que eles sejam aplicados em larga escala no Espírito Santo. Segundo o estudo, grande parte dos produtos são aplicados em obras destinadas ao uso comercial, o que, de acordo com os pesquisadores, está relacionado ao apelo ecológico e ao marketing.

QUEM MATOU O CARRO ELETRICO

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Quem matou Odete Hoitman? No final da década de 1980, a força da indústria cultural transformou essa pergunta em uma preocupação, e prioridade, nacional: descobrir o assassino da personagem vivida pela atriz Beatriz Segall na novela Vale Tudo, escrita por Gilberto Braga. Muitos eram os suspeitos, todos com bons motivos para eliminar a milionária, e esnobe, dramatis persona.
Na década seguinte, em outro nível de discussão e bem longe da atenção do grande público, outro homicídio era cometido. Dessa vez no sólido universo da indústria automobilística norte-americana. Os veículos movidos à energia elétrica, ainda experimentais, mas já com relativa aceitação, estavam sendo expurgados do mercado, para o desprezo da maioria das pessoas e o inconformismo militante de uns poucos. Esse é o tema do instigante documentário Quem matou o carro elétrico?, dirigido por Chris Paine e lançado por uma produtora com o apropriado nome de Electric Entertainment.
O filme consegue unir o mesmo rigor científico de Uma Verdade Inconveniente, protagonizado por Al Gore, e o ritmo de mistério e ironia de um documentário de Michael Moore. Mais ainda, com seu bom acabamento cinematográfico lembra películas como Teoria da Conspiração, dirigida por Richard Donner. E as coincidências não param por aí, o mesmo Mel Gibson que estrela o filme de Donner, na pele de um motorista de táxi obcecado por conspirações nos altas esferas governamentais, participa deste documentário, através de curtos depoimentos, infelizmente menos convincentes do que sua atuação em Teoria da Conspiração. É particularmente bizarra a cena em que afirma sentir-se o próprio Batman saindo da batcaverna com seu EV (Electric Vehicle).
Muito mais convincente, em nada risível, é a participação do ator Tom Hanks. Especialmente tocante é o trecho reproduzido de uma entrevista sua no programa "David Letterman Show". Ao ser perguntado sobre o que pretendia quando optou por esse tipo de veículo, respondeu que "pretendia salvar a América", referindo-se, obviamente, às emissões de gases causadores do efeito estufa, que atingiram índices alarmantes de poluição por automóveis (os maiores do planeta) justamente na Califórnia, local de residência dos citados atores e berço do carro elétrico moderno.
Digo carro elétrico moderno porque o documentário, após uma hilariante tomada inicial, onde vemos cenas reais de um enterro simbólico do veículo, apresenta um breve panorama histórico desse conceito, informando-nos que há um século havia mais carros elétricos do quea gasolina. O primeiro "assassinato" do carro elétrico deu-se nos anos 1920, com a nascente linha de produção dos veículos com motor, lembrando-se, inclusive, que a General Motors (GM) adquiriu o sistema de bondes elétricos da Califórnia apenas para desativá-lo e, assim, estimular o uso de veículosa gasolina.
A retomada do conceito deu-se em meados da década de 1990, também por pioneirismo da GM que fabricou o EV1, seguida pela Ford (Think e Ranger), Honda (EV Plus), e Toyota (RAV4). Todos esses modelos eram vendidos apenas através de leasing, custando entre 250 e 600 dólares mensais. No início da década atual, entretanto, todas as montadoras resolveram retirá-los de circulação e, por força do mesmo sistema de leasing, exigiram que os consumidores os devolvessem. 
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/estante/estante_263106.shtml

PRINCÍPIOS DO SELO AMBIENTAL

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O conceito que norteou a implantação do Selo Ambiental da Lavoura de Arroz Irrigado
do Rio Grande do Sul foi a necessidade de implantação de práticas ambientalmente corretas
em nível de propriedade rural e de lavoura de arroz, em particular, para que fosse cumprida a
legislação pertinente e para que o empreendimento apresentasse sustentabilidade do ponto de
vista social, econômico e ambiental.
O Selo Ambiental representa a adoção de atitudes pelo produtor rural para que a
lavoura de arroz possa produzir de forma sustentável e para que os recursos naturais possam
ser eficientemente utilizados e conservados.
A inserção do Selo Ambiental representa o somatório de ações corretas para que o
produtor rural possa utilizar os preceitos de práticas de manejo preconizadas pelo Projeto 10
do IRGA, no sentido de usar corretamente os insumos necessários à obtenção de rendimentos
adequados à sustentabilidade econômica e financeira do empreendimento. Também para que
a prática de cultivo do arroz possa dar sustentabilidade social às pessoas ali envolvidas,
melhorando sua qualidade de vida e permitindo sua ascensão social.
Os aspectos ambientais fazem parte também do foco do Selo Ambiental, não só para
estar de acordo com a legislação específica, mas para conscientizar o produtor rural de que ele
faz parte do processo de preservação e conservação do ambiente bem como, pelas suas ações,
propiciar a melhoria do mesmo que virá em seu benefício e das gerações futuras.
1. Produção sustentável
O Selo Ambiental dá ao produtor o reconhecimento quanto ao uso de Boas Práticas de
Manejo (BPM) que são importantes do ponto de vista social e da gestão da propriedade e da
lavoura de arroz irrigado no Rio Grande do Sul. Com isso, os produtores contemplados terão a
credibilidade da classe arrozeira e o reconhecimento quanto aos processos de produção de
forma sustentável. Ao se promover a sustentabilidade da lavoura se inicia a desencadear o
processo de Certificação que é o objetivo a ser alcançado pelos produtores para valorizar seu
produto e estarem adequados aos preceitos de uso eficiente dos recursos naturais.
2. Segurança do alimento
O arroz produzido no RS deve apresentar qualidade e indicativos de segurança do ponto
de vista alimentar. Por esse motivo, o arroz pode competir em mercados que valorizam os
produtos cuja produção atenda importantes requisitos ambientais. O processo estabelecido
pelo Selo pode levar em curto espaço de tempo a Rastreabilidade e o produto terá melhor
visibilidade no mercado consumidor interno e externo.
3. Proteção ao ambiente
Os preceitos do Selo Ambiental estabelecem a importância do uso adequado de
recursos naturais no manejo da lavoura e na propriedade rural. Essas medidas são
fundamentais para a Sustentabilidade das áreas agrícolas cuja concepção se baseia na
possibilidade de uso ao longo do tempo, sem impactos negativos que causem a degradação do
meio ambiente.
4. Rentabilidade econômica
O Selo Ambiental contribui para um aumento da competitividade mercadológica seja
pela possibilidade de elevar a produtividade, seja pela vantagem de inserir um produto
produzido dentro das condições de menor impacto ambiental. No primeiro caso temos a
diminuição de custos de produção e no segundo caso, a qualidade do produto.
5. Adequação a legislação
O Selo Ambiental avalia se o produtor está ou não de acordo com as práticas que regem
a legislação. Ao incentivar os agricultores a terem responsabilidade socioambiental também
propicia a legalização da atividade dentro da legislação vigente, especialmente quanto ao
licenciamento e proteção de áreas frágeis do ambiente.
http://www.irga.rs.gov.br/uploads/anexos/12899352541.2_Principios_do_Selo_Ambiental.pdf

Poucos adotam 'selo verde' no País

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Cada vez mais exigidas das empresas e das administrações públicas na hora de fechar contratos ou parcerias, as certificações ambientais ainda são difíceis de ser reconhecidas pelos consumidores brasileiros. Os poucos produtos disponíveis no mercado com o chamado selo verde não trazem informações sobre sua origem com clareza.
Veja também:
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link USP cria centro para reciclar eletrônicos
link Consumo x ambiente
A diretora de estudos e pesquisa do Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) de São Paulo, Valéria Rodrigues Garcia, defende que esses produtos devem informar sobre o processo que garantiu o reconhecimento da marca. Ela não se lembra de ter recebido, até hoje, nenhuma reclamação de consumidores sobre a qualidade sustentável de um produto. Mas "nada impede alguém de fazer uma denúncia se desconfiar de algum certificado". Na opinião de Lisa Gunn, coordenadora executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a certificação é um instrumento importante na hora da compra, porque ajuda a identificar produtos de menor impacto ambiental. Mesmo assim, é preciso manter a atenção. "O consumidor tem de saber distinguir a autodeclaração da certificação, que envolve uma terceira parte (outra empresa ou certificadora)", diz ela.
Também é necessário avaliar se o selo certifica um produto ou indica o sistema de gestão de determinada empresa. "Um modelo de gestão sustentável não indica, necessariamente, que o produto comercializado é ambientalmente melhor. Assim como o produto certificado não atesta a gestão sustentável de uma empresa."
Além disso, alguns setores não têm um sistema padronizado, que ofereça informação confiável ao comprador. "A maioria dos produtos, por exemplo, ainda não informa a melhor forma de descartar a embalagem", diz Valéria.
O Idec elaborou o Manual de Consumo Sustentável, adotado em 2005 como material de referência pelo Ministério da Educação para instruir professores sobre consumo e sustentabilidade. Hoje, o documento guia também vendedores e compradores com consciência ecológica. O site da instituição (idec.org.br) disponibiliza o manual para download gratuito.
Para ter ideia do tamanho da demanda por produtos ecologicamente corretos, o Instituto Akatu, que considera o consumidor como agente transformador, realizou em 2006 uma pesquisa com 1.275 pessoas em 11 cidades brasileiras.
Apenas 33% dos entrevistados foram classificados como engajados ou conscientes. "O consciente é o top e entende a questão ambiental inserida no contexto coletivo. Ele compra produtos com certificado, pede nota fiscal e economiza água. O engajado está a caminho do consciente", diz Dorothy Roma, gerente de pesquisas e métricas do Akatu.
Catálogo Sustentável
A profissional de relações públicas Thaís Cavicchioli, de 21 anos, é uma das consumidoras conscientes que encontraram na internet uma boa fonte de informação sobre produtos. Antes de fazer uma compra, ela consulta o site Catálogo Sustentável (catalogosustentavel.com.br), desenvolvido pelo Centro de Estudos de Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "No supermercado, é difícil ver se um produto é realmente sustentável", diz.
No ar desde abril do ano passado, o site conta hoje com cerca de 560 itens cadastrados, entre produtos e serviços. Todos precisam passar por uma avaliação para entrar na lista. "Não consideramos nenhum selo verde que não tenha critérios objetivos", afirma Luciana Stocco Betiol, coordenadora do Programa de Consumo Sustentável da fundação.
Normatização
Até o próximo ano também deve ser publicado outro indicador de sustentabilidade. A Organização Internacional para Padronização (ISO, na sigla em inglês) promoverá um encontro na semana que vem, no Canadá, para produzir a versão semifinal do ISO 26.000.
Entre as normas da instituição, esta será a mais sustentável até hoje, porque pretende criar padrões de responsabilidade social. "O tema é complexo. Vai de direitos humanos a governança corporativa, de meio ambiente ao direito do consumidor", diz Aron Belinky, um dos redatores principais do documento, que vai servir como uma guia de diretrizes para melhorar sistemas de gestão, e não um certificado.
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,poucos-adotam-selo-verde-no-pais,370927,0.htm

SELO VERDE

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O Que é Selo Verde

É a denominação mais comum para a marca do Forset Stewardship Council, o FSC. Esse selo pode ser reconhecido internacionalmente pelos consumidores de madeira e produtores derivados, como móveis e estruturas para a construção civil. Desta forma o comprador pode ter certeza que adquiriu um produto que não agride as florestas tropicais.
O Selo verde surgiu a partir da crescente preocupação ambiental dos consumidores, principalmente do mercado europeu. Foi quando governos e organizações não governamentais (ONGs) de vários países formularam um conjunto de normas para regular o comércio de produtos provenientes das florestas tropicais através de acordos internacionais. Ficou definido que as madeireiras que possuem o selo verde deveriam comercializar apenas produtos retirados das florestas de forma ambientalmente correta e enquadrados em um plano de manejo certificado por organismos internacionalmente reconhecidos, como o FSC.

 http://www.ecologflorestal.com.br/sub/81.av

SUSTENTABILIDADE

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Da teoria à prática

Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, garantindo a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
Nos últimos anos, práticas de responsabilidade social corporativa tornaram-se parte da estratégia de um número crescente de empresas, cientes da necessária relação entre retorno econômico, ações sociais e conservação da natureza e, portanto, do claro vínculo que une a própria prosperidade com o estado da saúde ambiental e o bem-estar coletivo da sociedade.
É cada vez mais importante que as empresas tenham consciência de que são parte integrante do mundo e não consumidoras do mundo. O reconhecimento de que os recursos naturais são finitos e de que nós dependemos destes para a sobrevivência humana, para a conservação da diversidade biológica e para o próprio crescimento econômico é fundamental para o desenvolvimento sustentável, o qual sugere a utilização dos recursos naturais com qualidade e não em quantidade.
  http://www.wwf.org.br/empresas_meio_ambiente/porque_participar/sustentabilidade/