Moda com desperdícios

domingo, 18 de dezembro de 2011

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Adesigner boliviana Marion Macedo pode não conhecer Lavoisier, mas segue à risca o seu célebre princípio de que “na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. E assim acrescenta uma dimensão eclética e ecológica aos desfiles de moda na Europa, América e Ásia.
Cada vestido é único, um trabalho amigo do ambiente que demora cerca de uma semana a fazer à mão, sendo vendido por 250 dólares. Marion Macedo faz a maior parte do trabalho sozinha. «Não só reciclamos o papel, como também usamos corantes vegetais, conchas de cacau e até fazemos os nossos próprios adesivos naturais», revela a designer, acrescentando que o seu objectivo é ser o mais «ecologicamente pura quanto possível».
Descrevendo-se como uma designer amadora, no passado, Marion Macedo comprava os seus próprios materiais e reciclava resíduos domésticos, incluindo os CDs descartados pelo seu marido fotógrafo.
Desde que começou em 2005, Marion já foi convidada a apresentar o seu trabalho ao nível internacional, incluindo na Semana de Moda de Amesterdão em 2006, no Festival do Chocolate de Paris em 2008, em desfiles de moda em Tóquio nos anos de 2007 e 2010 e, no ano passado, em Madrid.
No seu sétimo desfile de moda, intitulado “Recycle Yourself”, que decorreu em Novembro na cidade de La Paz, na Bolívia, uma modelo apresentou um vestido de papel branco tricotado com dois grandes folhos, um no pescoço e outro em torno da bainha, feitos de sacos de polietileno cor-de-rosa. «O papel é um bom material para trabalhar», afirma a designer, que aprendeu a “dar-lhe movimento” como o tecido. «É o material com que me sinto mais confortável», confessa.
A estilista Claudia Perez considera o trabalho de Marion como «mais arte do que moda», na medida em que foi criado para ser exibido em vez de utilizado. “É uma obra de arte (...) bem feita e criativa.”
Os desenhos podem ser principalmente para exposição, mas Marion refere que tem encomendas para peças de vestuário, bem como para acessórios como xailes, peças para o pescoço e flores de papel. As suas clientes são na maioria mulheres de classe média que desembolsam entre 50 e 100 dólares para comprar um cobertor feito à mão, uma das peças mais vendidas.
Marion teve formação como designer de papel de parede e tornou-se numa designer de vestuário quase por acidente, quando o marido fez um ensaio fotográfico com um manequim vestido com um fato, fabricado de forma grosseira em papel de jornal.
Em 2007, a designer ganhou um prémio de criatividade atribuído pela Latin American Design Association, sedeada em Buenos Aires.
http://www.portugaltextil.com/tabid/63/xmmid/407/xmid/40281/xmview/2/ID//Default.aspx

Soluções ecológicas usando mais pneus reciclados

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Solas recicladas de pneus e luvasA produtora de calçado norte-americana Timberland deu mais um passo para as suas credenciais ecológicas usando mais pneus reciclados e, pela primeira vez, resíduos de luvas de látex nas solas dos seus sapatos. A empresa está também a incorporar resíduos de borracha em mais estilos – incluindo calçado de desporto e solas de botas – após o lançamento bem sucedido no Outono passado de duas linhas de calçado com solas exteriores feitas a partir de pneus reciclados. Os novos sapatos com resíduos de látex começaram a ser produzidos em Dezembro e estarão à venda nesta Primavera. De acordo com a empresa de tecnologia malaia Green Rubber Inc, fornecedora da Timberland, o látex é proveniente de diversas fábricas na Malásia e é transformado pela unidade da Green Rubber em Sungei Buloh. «Com o nosso acordo inicial com a Timberland, demonstramos ao mercado que podemos fazer compostos reciclados de elevada qualidade a partir de resíduos de pneus», explica o director-executivo da Green Rubber, Datuk Vinod Sekhar. «Este novo acordo mostra claramente que a nossa tecnologia funciona igualmente bem com resíduos de látex», conclui. Ao contrário de outras formas de borracha reciclada, a Green Rubber pode ser usada em grandes volumes para aplicações em produtos de qualidade já que mantém até 90% das propriedades do composto de resíduos do qual é feita. A Timberland usa 47% de Green Rubber de pneu com 53% de borracha virgem na sua colecção de calçado com solas pretas. O gigante do calçado vai usar percentagens semelhantes para a Green Rubber derivada do látex.

Conselho aprova prioridades do Plano Nacional de Recursos Hídricos

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

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15/12/2011    Gerusa Barbosa
O Conselho Nacional de Recursos Hídricos aprovou nessa quarta-feira (14/12) a revisão do Plano Nacional de Recursos Hídricos com 22 prioridades para o quadriênio 2012-2015. É a primeira atualização do plano, lançado em 2006, para fundamentar e orientar a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e a atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (Singreh).
O processo da primeira revisão do Plano objetiva avaliar os avanços e desafios dos primeiros 5 anos de sua implementação (2006-2010), com adequações e correções necessárias para o planejamento nacional da gestão dos recursos hídricos. O documento PNRH - Prioridades 2012-2015, aprovado por unanimidade pelos conselheiros, serviu de base para a elaboração do Plano Plurianual do Governo Federal do próximo quadriênio, definindo uma agenda transversal da água.
A decisão do CNRH, de acordo com o gerente de Políticas e Planejamento do Ministério do Meio Ambiente, Franklin de Paula Jr, integra a agenda positiva do Brasil para ser apresentada na Rio+20, prevista para o próximo ano, pelo cumprimento da meta nº 26 da Conferência Rio+10, realizada em Joanesburgo, em 2002.
O Brasil foi o primeiro país das Américas a ter um Plano Nacional de Recursos Hídricos que foi elaborado de forma participativa envolvendo mais de 7 mil pessoas que atuam na gestão hídrica no País. O plano brasileiro é destacado internacionalmente por considerar a água em vários aspectos, como sociais, ambientais, culturais, éticos, técnicos, econômicos, entre outros, diz o gerente do MMA.  O documento traz informações sobre disponibilidade e qualidade das águas no país, até o ano de 2020, além de indicar meios para que os vários usos do recurso natural possam ser atendidos de forma satisfatória.
O documento, que irá orientar a implementação do Plano nos próximos quatro anos, foi elaborado por um grupo de trabalho formado por gestores e técnicos da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA e da Agência Nacional de Águas (ANA), a partir das propostas das consultas públicas nas 12 Regiões Hidrográficas brasileiras, ocorridas em 2010, e das recomendações da Câmara Técnica do Plano Nacional de Recursos Hídricos (CTPNRH).
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=ascom.noticiaMMA&idEstrutura=8&codigo=7135

PROTOCOLO DE KYOTO - RENOVAÇÃO

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

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11/12/2011 21:48                  COP-17: Um brinde à vitória dos poluidores
Do Greenpeace Brasil
Com quase dois dias de atraso, os representantes das 194 nações reunidas em Durban, África do Sul, para a Conferência do Clima da ONU, chegaram a uma resolução para evitar o fracasso absoluto da reunião.
O dia já estava amanhecendo quando o texto final foi aprovado, prevendo a renovação do Protocolo de Kyoto até 2017 –sem a participação de Rússia, Japão e Canadá – e promessas vagas de um novo acordo climático global a ser implementado a partir de 2020.

Das duas semanas de negociações, o que ficou evidente é que os governos de todo o mundo deram ouvidos às grandes corporações poluidoras em lugar do povo, que deseja o fim da dependência dos combustíveis fósseis e ações reais e imediatas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Segundo Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace Internacional, conduzidos pelos Estados Unidos, os negociadores que representam as nações poluidoras tiveram êxito em inserir uma cláusula de escape no texto, que pode evitar que o próximo acordo climático global apresente metas para cortes de emissões com força de lei.
“Adiaram um acordo global vinculante por uma década, justo quando os cientistas dizem que precisamos estabelecer um teto para as emissões de carbono”, declarou Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace Internacional.
“Esta decisão pode nos levar para além do limiar de dois graus de aumento da temperatura média global. A chance de evitar uma catastrófica mudança climática escapa de nossas mãos cada vez que as nações falham em estabelecer um plano de resgate para o planeta.”
Em protesto pelo resultado, os ativistas do Greenpeace se vestiram como executivos e fizeram um brinde pela vitória das empresas poluidoras. Antes do início da Conferência, o Greenpeace divulgou um documento que mostrava como o lobby pesado de algumas corporações atinge governos de todo o mundo e minam as expectativas por um acordo global para evitar uma catástrofe climática.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL - 1

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

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No Brasil, a avaliação de impacto ambiental e o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras constituem instrumentos para a execução da Política Nacional de Meio Ambiente, Lei nº 6938, editada em 31 de agosto de 1981. A avaliação de impacto ambiental é ainda matéria constitucional, prevista no Art. 225, § 1º, Inciso IV da Constituição Federal de 1988, que determina a realização de estudo prévio de impacto ambiental para a instalação no país de obras ou atividades potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente.
A normatização brasileira sobre avaliação de impacto ambiental e licenciamento não caracteriza fato isolado no cenário ambiental, derivando antes de um processo histórico mais amplo, cujas origens remontam à emergência da consciência ecológica mundial e à realização da 1ª Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, em 1972, na Suécia. Motivada, entre outros fatores, pela degradação da qualidade ambiental nos países desenvolvidos, sob o efeito cumulativo da poluição industrial, bem como pela ausência de marcos regulatórios internacionais e pela crítica aos padrões de desenvolvimento estabelecidos - consubstanciada no 1º Relatório do Clube de Roma, Os Limites do Crescimento (Meadows et al.; 1971) - a Conferência das Nações Unidas significou um divisor de águas no tratamento das questões de cunho ambiental, até então inseridas no contexto mais pragmático do desenvolvimento econômico indiscriminado.
A Declaração de Estocolmo, documento resultante da Conferência de 1972, afirmou como princípios básicos a conciliação entre desenvolvimento e proteção ambiental e a salvaguarda dos recursos naturais em benefício das gerações atuais e futuras, destacando o papel do planejamento racional como instrumento para a consecução de tais finalidades. De Estocolmo resultou, ainda no ano de 1972, a criação de um mecanismo institucional para tratar das questões ambientais no âmbito das Nações Unidas: o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com sede em Nairóbi, Quênia.
A par da evolução das reflexões e demandas sociais acerca dos impactos ambientais de grandes projetos, os países desenvolvidos buscaram constituir um mecanismo de gestão ambiental, de caráter preventivo, que subsidiasse a tomada de decisão dos setores públicos acerca de políticas, planos, programas e projetos de desenvolvimento. O modelo adotado nos diversos países incorporou características da ''National Environmental Policy Act (NEPA)'', regulamentação norte-americana, de 1969, que instituiu a Avaliação de Impacto Ambiental na forma de uma Declaração de Impacto Ambiental (Environmental Impact Statement/EIS), cuja eficiência repercutiu, entre outros aspectos, na efetividade da participação da sociedade civil no processo de decisão acerca viabilidade ambiental dos empreendimentos.
Progressivamente, os países agregaram a Avaliação de Impacto Ambiental ao seu arcabouço legal e administrativo: Alemanha em 1971, Canadá em 1973, França em 1976. Em 1974, a Colômbia instituiu o Código Nacional de los Recursos Naturales Renovables y la Protección Ambiental dispondo sobre a apresentação de relatórios de impacto ambiental para atividades causadoras de danos ambientais. No Brasil, os desdobramentos da Conferência de Estocolmo não tardaram a repercutir e, já na década de 70, projetos de grande vulto, sob o crivo de organismos multilaterais de financiamento, foram submetidos à Avaliação de Impacto Ambiental, caso da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, primeiro empreendimento a sofrer uma avaliação ambiental no Brasil no ano de 1972. As experiências em avaliação de impacto ambiental sucederam-se na década de 70, culminando na consagração desta como instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente, Lei nº 6938/81, em associação ao licenciamento das atividades utilizadoras dos recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras.
No âmbito da Lei nº 6938/81 foi instituído o Conselho Nacional do Meio Ambiente/CONAMA, órgão responsável pelo estabelecimento de normas e critérios para o licenciamento ambiental. Considerando a necessidade de se estabelecerem definições, responsabilidades, critérios básicos e diretrizes para o uso e implementação da avaliação de impacto ambiental, o CONAMA publicou, em 23 de janeiro de 1986, a Resolução nº 001, submetendo o licenciamento ambiental de determinadas atividades modificadoras do meio ambiente à elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental/EIA/RIMA. Por princípio, o EIA/RIMA definiu-se como um documento de caráter não sigiloso, respeitado o sigilo industrial, do qual deve se dar publicidade por meio de audiências públicas, regulamentadas pela Resolução do CONAMA nº 09/87, bem como por sua disponibilização nos centros de documentação e bibliotecas dos órgãos de meio ambiente, no intuito de viabilizar a participação da sociedade no processo de discussão sobre o impacto ambiental de projetos.
A relevância adquirida pela questão ambiental no cenário brasileiro resultou, fato ímpar, em inclusão na Constituição Federal, promulgada em 05 de outubro de 1988, de um capítulo dedicado ao meio ambiente: o Capítulo VI, Art. 225, que define os direitos e deveres do Poder Público e da coletividade em relação à conservação do meio ambiente como bem de uso comum. No Parágrafo 1º, Inciso IV do Art. 225, a avaliação de impacto ambiental foi recepcionada pela Constituição Federal, devendo assim ser exigida pelo Poder Público para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente.
A evolução das experiências de licenciamento nos órgãos de meio ambiente do país, breve demonstrou a necessidade de revisão dos procedimentos e critérios utilizados no sistema de licenciamento, dando ensejo à publicação, em 19 de dezembro de 1997, da Resolução do CONAMA nº 237. A Resolução CONAMA nº 237/97 regulamentou, em normas gerais, as competências para o licenciamento nas esferas federal, estadual e distrital, as etapas do procedimento de licenciamento, entre outros fatores a serem observados pelos empreendimentos passíveis de licenciamento ambiental. A Resolução CONAMA nº 237/97 conferiu ainda ao órgão ambiental a competência para a definição de outros estudos ambientais pertinentes ao processo de licenciamento, em se verificando que o empreendimento não é potencialmente causador de significativa degradação ambiental.
No ano seguinte, a edição da Lei nº 9605, de 12 de fevereiro de 1998, Lei de Crimes Ambientais, elevou à condição de crime aquelas condutas lesivas ao meio ambiente, provenientes da não observância da regulamentação afeta ao licenciamento ambiental. Foram constituídos em crime ambiental a construção, reforma, ampliação, instalação ou funcionamento, em qualquer parte do território nacional, de estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes ao licenciamento (Art. 60 da Lei nº 9605/98). A criminalização das práticas danosas ao meio ambiente, incorporada ao sistema de licenciamento ambiental, constitui marco representativo no processo de responsabilização social e consolidação institucional do licenciamento como efetivo instrumento de gestão ambiental.
O atual arcabouço jurídico-institucional do sistema de licenciamento ambiental brasileiro reproduz as experiências, reflexões e sistematização de mais de duas décadas consagradas à gestão de impactos ambientais de obras, atividades e projetos, nos setores público e privado. Sua consolidação, no âmbito das instituições e da sociedade, mantém-se como processo em construção, atento às transformações e demandas sociais e ao resguardo do princípio fundamental do meio ambiente ecologicamente equilibrado como patrimônio público, direito e dever de toda a coletividade

Licenciamento Ambiental

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O licenciamento ambiental é um importante instrumento de gestão da Política Nacional de Meio Ambiente . Por meio dele, a administração pública busca exercer o necessário controle sobre as atividades humanas que interferem nas condições ambientais. Desta forma tem, por princípio, a conciliação do desenvolvimento econômico com o uso dos recursos naturais, de modo a assegurar a sustentabilidade dos ecossistemas em suas variabilidades físicas, bióticas, sócio-culturais e econômicas. Deve, ainda, estar apoiado por outros instrumentos de planejamento de políticas ambientais como a avaliação ambiental estratégica; avaliação ambiental integrada; bem como por outros instrumentos de gestão - zoneamento ecológico econômico, planos de manejo de unidades de conservação, planos de bacia, etc.
O licenciamento é um poderoso mecanismo para incentivar o diálogo setorial, rompendo com a tendência de ações corretivas e individualizadas ao adotar uma postura preventiva, mas pró-ativa, com os diferentes usuários dos recursos naturais. É um momento de aplicação da transversalidade nas políticas setoriais públicas e privadas que interfaceam a questão ambiental. A política de transversalidade para o licenciamento é, por definição, uma política de compartilhamento da responsabilidade para a conservação ambiental por meio do desenvolvimento sustentável do país. Para sua efetividade, os preceitos de proteção ambiental devem ser definitivamente incorporados ao planejamento daqueles setores que fazem uso dos recursos naturais.
A publicidade é outra característica inerente ao processo de licenciamento: lugar onde se evidenciam e se confrontam os interesses dispersos pelo tecido social; mas também, local privilegiado para exercício da ponderação, comunicação e busca da conciliação de modo a prevalecer o consenso e o interesse público maior, ou seja, a manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado garantido às presente e futuras gerações.
O licenciamento é, sim, palco de conflitos; pois é espaço de democracia. E como tal tem sido objeto de opiniões, críticas, desacordos e estratégicas que visam desarticular e macular a credibilidade do instrumento. Mas, ao contrário, concentram-se os esforços no re-arranjo institucional, na correção das deficiências, na capacitação técnica, no melhoramento contínuo e na persistente busca do desenvolvimento sócio-ambiental equiparado ao desenvolvimento econômico.
Nesse escopo, está inserido o Portal Nacional de Licenciamento Ambiental/PNLA. Mais particularmente no esforço primordial de comunicação com a sociedade, disponibilizando e submetendo ao crivo social informações estratégicas sobre o licenciamento ambiental no país. Não se trata apenas de informar, mas de interagir com os segmentos sociais diversos, cuja participação no processo contribui para a legitimidade da gestão pública para meio ambiente no Brasil.
Por meio do PNLA, o Ministério do Meio Ambiente presta mais uma contribuição ao desafio permanente da gestão pública, incorporando efetivamente os princípios constitucionais da publicidade, legalidade e eficiência para melhor servir ao interesse público e fazer concretizar o bem comum da sociedade.

USINA DE BELO MONTE - ONDE ESTÁ A RAZÃO????

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

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Posições quanto a um pacto global de corte de gases estufa - EUA

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Os EUA é um dos países mais isolados já que é um dos principais emissores, é um país desenvolvido, mas não tem metas obrigatórias globais de redução dos gases estufa. Por isso, diz não poder opinar sobre a prorrogação de Kyoto, já que não faz parte dele.
O país tem se mostrado mais favorável a aceitar metas legais internacionais a partir de 2020, desde que sejam em pé de igualdade com outros países. Isso significa não ter maiores metas que a China e sem ter que transferir tecnologia e recursos para os países em desenvolvimento.
Com a crise financeira, tem se mostrado ainda mais contrário à transferência de recurso para rivais econômicos, como a China, por exemplo.
Os EUA destacam que têm uma meta voluntária legal interna de corte nas emissões de 17% até 2020, frente aos níveis de 2005, o que significa uma redução de 3% em relação a 1990.  Em 2009, as emissões aumentaram 7,3% em relação a 1990, mas tiveram queda gradual a partir de 2005.

Ano de 2020 pode ser tarde demais para combater mudanças climáticas, diz UE na COP

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08/12/2011 - 07h00 Lilian Ferreira Do UOL Ciência e Saúde, em Durban, África do Sul

A proposta para combater a crise climática de países em desenvolvimento, como China, e também dos EUA, desenvolvido que não tem metas obrigatórias de redução dos gases do efeito estufa, é pensar em um acordo legal para todos os países a partir de 2020. Enquanto isso, alegam alguns, o ideal é prorrogar o Protocolo de Kyoto, que expira no final de 2012. Entretanto, a União Europeia, signatária do pacto, não aceita estendê-lo caso os países não aceitem agora um compromisso legal a partir de 2020.
"Se fizemos um segundo período sem o comprometimento, os demais países vão relaxar e vão parar de se esforçar. Aí 2020 para começar a fazer algo será tarde demais. Tudo demora mais do que todos nós podemos imaginar. Não podemos esperar para começar a discutir um acordo global", disse a representante da União Europeia, Connie Hedegaard.
"A fórmula de divisão do planeta de 1990 não é mais aplicada mudialmente, temos que achar uma nova fórmula de dividir a responsabilidade", ressalta.
O Japão tem uma posição ainda mais dura: não aceita nem entrar em um segundo período de comprometimento se os principais poluidores não se comprometerem. "Nõs vamos continuar membros do Protocolo, vamos participar das negociações, mas não aceitamos um segundo período", disse o negociante japonês.
"Nós temos os mesmos objetivos que a UE, temos que apelar para as grandes economias como China, índia e EUA para chegar a um pacto global. Por isso precisamos começar um novo grupo de discussão e não continuar com Kyoto", completou.
Ele também compartilha da ideia de que é preciso continuar com os projetos de corte das emissões até 2020 e não empurrar para daqui oito anos estas ações.
Para Samantha Smith, do WWF, é hora de todos os países se comprometerem e trabalharem duro para começar agora um acordo vinculante para 2020. "Os países em desenvolvimento devem começar em outro ponto de partida, mas não podemos esperar até 2020. Precisamos ir fazendo até lá e depois aumentar os níveis de ambição".
Além dela, Tove Ryding, do Greenpeace, concorda. "OS EUA só querem falar de ações para 2020 quando a ciência diz que precisamos agir agora. A questão é o que vai acontecer entre hoje e 2020. Olhar só para 2020 é irresponsável".
Quem vai?
Connie diz que a UE já reduziu suas emissões e vão continuar neste processo independentemente. "O que estamos tentando fazer é q esse seja um processo ambicioso. Se demorarmos para começar a discutir o pacto global, o que terá depois do segundo período? Precisamos discutira agora. As reduções não mudam muito para a Europa, mudam para o resto do mundo. Eles precisam sentir uma mudança, precisamos começar a sinalizar alguma ação".
A principal questão para europeus é saber quem se compromete e como, querem saber "até onde eles vão". É isto que será discutido detalhadamente até sexta. China diz que aceita metas publicamente, mas nas negociações fechadas parece ainda estar fechada para obrigações internacionais. EUA dizem que só entram, a partir de 2020, se for em pé de igualdade com a China, que só entra se não for em pé de igualdade.
O chamado ping-pong entre EUA e China é o que mais compromete o acordo que deve ser desenhado em dois dias. "A China anunciou movimento em direção ao comprometimento, não vejo tanta ação dos EUA", disse o europeu Jo Leinen.
A UE quer que sejam definidas regras até 2014, para que elas sejam ratificadas até 2020. O Brasil, por exemplo, pede que se espere um ano para que saia o relatório do IPCC com as consequências do aquecimento global e do resultado das ações até a data.
A China tem se mostrado propensa a aceitar um acordo que vise um compromisso de metas obrigatórias a partir de 2020, com regras a serem definidas no futuro e se uma série de cinco condições forem atendidas.
Entre as demandas está o acordo de uma segunda fase de Kyoto, a criação do Fundo Verde para o Clima e o princípio de responsabilidade comum, mas com exigências diferenciadas, dependendo da capacidade de cada país, ou seja, quem está em desenvolvimento não teria as mesmas metas de desenvolvidos. Este é o principal ponto de desacordo com os EUA, que querem metas 'iguais' para todos.
Até 2020 valeriam as ações voluntárias dos países em desenvolvimento recolhidas no protocolo. A China tem um autoimposto desde 2009, que tem por objetivo melhorar entre 40% e 45% suas emissões de dióxido de carbono por unidade do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 na comparação dos números de 2005. Isto poderia não significar uma redução das emissões em termos absolutos, apenas relativos.
Um dos entraves para o país é que um acordo legal internacional exige monitoramento global das emissões (para checar se o acordo está sendo cumprido). Mas a China é contra qualquer controle externo.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/12/08/ano-de-2020-pode-ser-tarde-demais-para-combater-mudancas-climaticas-diz-ue-na-cop.jhtm

Brasil diz que aceita meta legal e obrigatória após 2020; COP caminha para acordo

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A ministra do meio ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, declarou nesta quinta-feira (8), na Conferência do Clima (COP-17), que o Brasil deseja negociar o mais cedo possível um tratado legal e obrigatório de redução nas emissões de gases do efeito estufa para todos os países, além da prorrogação do Protocolo de Kyoto. A exigência de um acordo global é uma das condições de países desenvolvidos para assinar o segundo período de comprometimento.
"O Brasil trabalha com afinco para a adoção de um segundo período de compromisso para o Protocolo de Kyoto e o fortalecimento da implementação da convenção em curto, médio e longo prazo. Se todos trabalharmos juntos, poderemos negociar o mais cedo possível um novo instrumento legalmente vinculante, baseado nas recomendações da ciência que inclua todos os países para o período imediatamente pós 2020", afirmou.
Mais cedo, o negociador dos EUA, Todd Stern, disse que o país aceita um acordo legal pós 2020. O maior problema é ele ser vinculante, ou seja obrigatório, e ter de passar pelo legislativo do país. A China também já sinalizou que aceita negociar metas para este período. Com isso, as negociações caminham para um acordo. O grande entrave agora é a Índia, que ainda diz não ter condições de assumir obrigações.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/12/08/brasil-diz-que-aceita-meta-legal-e-obrigatoria-apos-2020-cop-caminha-para-acordo.jhtm

Brasil diz que aceita meta legal e obrigatória após 2020; COP caminha para acordo

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A ministra do meio ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, declarou nesta quinta-feira (8), na Conferência do Clima (COP-17), que o Brasil deseja negociar o mais cedo possível um tratado legal e obrigatório de redução nas emissões de gases do efeito estufa para todos os países, além da prorrogação do Protocolo de Kyoto. A exigência de um acordo global é uma das condições de países desenvolvidos para assinar o segundo período de comprometimento.
"O Brasil trabalha com afinco para a adoção de um segundo período de compromisso para o Protocolo de Kyoto e o fortalecimento da implementação da convenção em curto, médio e longo prazo. Se todos trabalharmos juntos, poderemos negociar o mais cedo possível um novo instrumento legalmente vinculante, baseado nas recomendações da ciência que inclua todos os países para o período imediatamente pós 2020", afirmou.
Mais cedo, o negociador dos EUA, Todd Stern, disse que o país aceita um acordo legal pós 2020. O maior problema é ele ser vinculante, ou seja obrigatório, e ter de passar pelo legislativo do país. A China também já sinalizou que aceita negociar metas para este período. Com isso, as negociações caminham para um acordo. O grande entrave agora é a Índia, que ainda diz não ter condições de assumir obrigações.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/12/08/brasil-diz-que-aceita-meta-legal-e-obrigatoria-apos-2020-cop-caminha-para-acordo.jhtm

Limite de aquecimento está em risco sem ação climática até 2017

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

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Nina Chestney   Em Londres
O mundo pode não ser capaz de limitar o aumento da temperatura global a níveis seguros se uma nova ação climática internacional não for tomada até 2017, já que muitas usinas de energia de combustível fóssil e fábricas estão sendo construídas, alertou a Agência Internacional de Energia nesta quarta-feira.
Se o mundo limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius -- que segundo cientistas é o nível mínimo de segurança antes que efeitos devastadores das mudanças climáticas ocorram -- os volumes de emissão de gases não devem ter mais de 450 partes por milhão (ppm) de dióxido de carbono.
Com as emissões já chegando a 390 ppm de CO2, está se esgotando o tempo para tomar uma atitude.
A infraestrutura energética existente já está liberando 80% das emissões permitidas sob esse cenário, advertiu a AIE em seu Relatório Mundial de Energia.
Quatro quintos do total das emissões de carbono relacionadas à energia permitida até 2035 para limitar o aquecimento já vêm das usinas, prédios e fábricas existentes, apontou a agência.
"A cada ano que passa sem sinais claros de investimentos em energia limpa, o 'travamento' da infraestrutura de alta emissão de carbono está tornando mais difícil e caro o cumprimento de nossas metas de segurança energética e climáticas," disse Fatih Birol, economista-chefe da AIE .
O alerta vem apenas algumas semanas antes de uma reunião de negociadores internacionais na África do Sul para tentar trabalhar em um novo pacto global para combater o aquecimento global.
São baixas as expectativas de um acordo juridicamente vinculante este ano. A União Europeia está pressionando por um acordo até 2015, mas alguns outros países foram acusados de atrasar um pacto até 2018 ou 2020.
"Se novas medidas rigorosas não forem apresentadas até 2017, a infraestrutura relacionada com energia na ocasião vai gerar todas as emissões de CO2 permitidas... até 2035, não deixando espaço para usinas adicionais de energia, fábricas e outras infraestruturas, a menos que sejam de emissão zero de carbono, o que seria extremamente caro."
"Atrasar uma ação é uma falsa economia: para cada 1 dólar de investimento economizado no setor de energia antes de 2020, um adicional de 4,3 dólares precisaria ser gasto depois de 2020 para compensar o aumento das emissões", acrescentou o relatório.
Melhorias na eficiência energética precisariam responder por metade das reduções adicionais de emissão necessárias, disse a AIE.
Em maio, a AIE informou que as emissões globais de CO2 atingiram seu nível mais alto em 2010, impulsionadas principalmente pelas economias dependentes de carvão.
Se novas políticas climáticas forem implementadas cautelosamente, as emissões de CO2 acumuladas nos próximos 25 anos equivaleriam a três quartos do total dos últimos 100 anos, disse a AIE.
Isso levaria a um aumento de temperatura médio de longo prazo de 3,5 graus Celsius. Se novas políticas não forem implementadas, o mundo estará em um "caminho perigoso" para um aumento de 6 graus.
O objetivo da ONU de dar a todos do mundo acesso à energia moderna até 2030 exigiria 48 bilhões de dólares de investimento -- ou 3 por cento do investimento total de energia até 2030 -- em comparação a 9 bilhões de dólares em 2009, disse a AIE.

Empresa que comprar lixo reciclável de cooperativas de catadores terá desconto no IPI

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Da Agência Brasil   Em Brasília         30/11/2011 - 10h03
As empresas que comprarem resíduos sólidos recicláveis de cooperativas de catadores de lixo terão desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O Decreto nº 7.619 determina as condições necessárias para que as empresas tenham acesso à redução do IPI, de acordo com o material utilizado. Já as cooperativas devem ter, no mínimo, 20 cooperados.
Os descontos no imposto variam de acordo com o tipo e a quantidade de resíduos sólidos usados no produto final. Plásticos e vidros vão proporcionar redução de 50%. O desconto para papéis e resíduos de ferro ou aço é 30%, enquanto resíduos de cobre, alumínio, níquel e zinco permitem o abatimento de 10% do valor do IPI.
A emissão da nota fiscal para a comprovar a compra do material reciclável é obrigatória. O valor descontado dos produtos deve ser registrado na nota emitida pela empresa que adquiriu os resíduos para reciclagem. Mas os descontos só serão concedidos caso o produto final não esteja isento, suspenso ou imune de IPI.
A representante jurídica da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), advogada Simone Nogueira, considera o incentivo fiscal um facilitador para as compras feitas nas cooperativas. “As transações diretas serão mais fáceis e as cooperativas se organizarão melhor para atender à demanda”, explicou. Para a advogada, o incentivo vai reduzir os custos do produto final e melhorar as condições de trabalho dos catadores organizados em cooperativas.                http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/11/30/empresa-que-comprar-lixo-reciclavel-de-cooperativas-de-catadores-tera-desconto-no-ipi.jhtm

Perda de florestas acelerou no mundo, diz ONU

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Área desmatada no Xingu em 2005; conversão de floresta para agricultura é maior na América do Sul Área desmatada no Xingu em 2005; conversão de floresta para agricultura é maior na América do Sul
Novos dados de satélite publicados pela ONU indicam que a perda de áreas florestais acelerou no mundo, passando de uma perda líquida de 4,1 milhões de hectares anuais na década de 1990 para 6,4 milhões de hectares anuais entre 2000 e 2005.
O braço da organização para alimentação e agricultura, FAO, utilizou dados de satélite para avaliar o desmatamento entre 1990 e 2005.
Segundo as novas estimativas, a taxa bruta de desmatamento, ou seja, a conversão de áreas florestais principalmente para uso agrícola, foi em média de 14,5 milhões de hectares nos 15 anos analisados.
A América do Sul liderou a conversão de florestas em áreas agrícolas, seguida pela África.
Entretanto, a ampliação da superfície florestal, seja por expansão natural da floresta ou por programas de reflorestamento, foi maior do que se pensava.
No total, a perda líquida em 15 anos foi de 72,9 milhões de hectares - 32% menos do que a estimativa com a qual a FAO trabalhava, de 107 milhões de hectares.
Os dados colhidos por satélite indicam que em 2005 o mundo possuía 3,69 bilhões de hectares em florestas - cerca de 31% da superfície terrestre do planeta.

Dados precisos
A diferença nos dados colhidos para o relatório deste ano em relação às estimativas passadas se deve à mudança na metodologia de captação: no ano passado, foram compilados dados fornecidos pelos países a partir de uma variedade de fontes.
As variações de um ano para outro ocorreram principalmente nas informações sobre a África, onde muitos governos ainda utilizam dados antigos e desatualizados sobre o desmatamento.
Segundo o porta-voz para assuntos florestais da FAO, Adam Gerrand, a perda de florestas no continente africano foi menor do que se pensava.
A única região do planeta a registrar um aumento líquido de áreas de floresta foi a Ásia, graças a programas de reflorestamento na China e nos países vizinhos.
Para o diretor-geral-assistente para Florestas da organização, Eduardo Rioja-Briales, os dados colhidos com ajuda de satélite oferecem aos países "informação mais acurada em todos os níveis" e evidenciam "a necessidade de parar urgentemente a perda de ecossistemas valiosos".
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/bbc/2011/11/30/perda-de-florestas-acelerou-no-mundo-diz-onu.jhtm

SOL- Características da estrela

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Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Nasa/Divulgação
A fotosfera do Sol

Estrela de quinta grandeza, o Sol possui temperaturas altíssimas. Seu núcleo chega a ter mais de 10.000.000 ºC (10 milhões de graus centígrados). Sua fotosfera (parte que é visível da Terra) chega a alcançar 6.000ºC. Em volta dele, giram os oito planetas do sistema solar
Formado há mais de 4,6 bilhões de anos, o Sol é composto por nuvens de poeira, gás e restos de estrelas (pedaços de rochas). Possui manchas, chamadas de fáculas, que variam de acordo com a temperatura. Mas o Sol é apenas uma das mais de 200 bilhões de estrelas da Via Láctea, que tem uma extensão aproximada de 100 mil anos-luz. (Um ano-luz é igual a 9,4605 bilhões de quilômetros).

Movimentos do sol

O Sol é 109 vezes maior que a Terra e realiza dois movimentos: a translação, que é feita em volta da Via Láctea, leva 200 milhões de anos. E a rotação em volta de seu próprio eixo dura cerca de 28 dias. A luz do Sol demora oito minutos e dezoito segundos para chegar até a Terra.
Quando a Lua se alinha entre o Sol e a Terra e projeta sua sombra no planeta ocorre o eclipse solar. Se a Lua desaparece do céu, o eclipse é lunar, porque ela entra totalmente na sombra da Terra. Na maior parte do tempo, o satélite passa abaixo ou acima da sombra da Terra, devido à inclinação de sua órbita em relação à órbita da Terra em volta do Sol.
O período de maior distância entre o Sol e a Terra, chamado de afélio terrestre, corresponde a primeiro de julho, o inverno no Brasil, quando a Terra está a 152 milhões de km daquela estrela. O Sol está mais próximo da Terra no chamado periélio, em 31 de dezembro, verão no Brasil, quando distância média é de 150 milhões de km entre o astro e o planeta.

Sol da meia-noite

Outro fenômeno que merece ser destacado é o Sol da meia-noite, que ocorre nos pólos da Terra, quando o Sol não se põe durante 24 horas. A órbita terrestre em volta do Sol faz com que os raios solares incidam quase que perpendicularmente sobre os pólos. Essa posição se altera de seis em seis meses. Assim, cada um dos pólos tem seis meses de dia e seis meses de noite constantes.
O equinócio ocorre com a passagem do Sol sobre a linha do equador no dia 21 de março e 23 de setembro (outono e primavera). Quando esse fenômeno acontece os dias e as noites duram doze horas.
O Sol também é responsável pelas estações do ano, produzidas de acordo com sua iluminação, durante a translação da Terra (a volta que o planeta dá em torno do Sol). Como a Terra tem uma inclinação em relação ao Sol, na metade do caminho, o hemisfério Norte está mais próximo e, na metade seguinte, é o Sul. Por isso, o verão e inverno se alternam nos dois hemisférios.
Todos os planetas se movimentam em torno do Sol. O sistema solar está dentro da Via Láctea, uma das galáxias no espaço - que estão em constante afastamento, como constatou o astrônomo inglês Edwin Hubble.

ESSE NÃO É O MEU BRASIL....É SÓ UMA PARTE DELE

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

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Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta a prova? Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. 'Não roubarás!', 'Devolva o lápis do coleguinha', 'Esse apontador não é seu, minha filha'. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar! Até habeas corpus preventiva, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará! Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem!
Dirão: 'Deixe de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!
E eu vou dizer: 'Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.'
Vamo pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambal.
Dirão: 'É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal!'
E eu direi: 'Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quizer, vai dar pra mudar o final!

= texto aqui da Elisa Lucinda, chama-se Só de sacanagem.

MEIO AMBIENTE - NOSSO DIA A DIA QUE NÃO LEMBRAMOS

domingo, 27 de novembro de 2011

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  • ESTAMOS TODOS OS DIAS NOS DEPARANDO COM ENCHENTES, GEADAS, QUEIMADAS, DESABAMENTOS DE ENCOSTAS, MUDANÇAS DE CLIMA REPENTINAS E FORA DE ÉPOCA ETC......
  • SERÁ QUE ESTAMOS NOS LEMBRANDO DISSO NOS DIAS,..... MESES......OU ANOS SUBSEQUENTES????
  • SERÁ QUE ESTAMOS NOS LEMBRANDO DE FAZER ALGUMA COISA POR MENOR QUE SEJA, PARA EVITAR ESTAS CATÁSTROFES OU PARTE DELAS, POIS COM CERTEZA FAZENDO PARTE DAS CAUSAS QUE LEVARAM ELAS A ACONTECER.
  • É MUITO FÁCIL ESQUECER.........
  • É MUITO FÁCIL ACHAR QUE NÃO DEVEMOS OU PODEMOS FAZER PARTE DAS SOLUÇÕES,......
  • " Todos os dias depejamos milhões de toneladas de lixo em nossos cestos de coleta e sequer nos preocupamos qual o destino que eles vão ter. Parar para pensar quais as consequencias dos atos insensatos que tomamos toma tempo, melhor assistir a novela, ver o jogo na TV, tomar a cervejinha no bar e solucionar ali todos os problemas e transporte, segurança, saude que nossas cidades tem, porque "ali no bar ou no churrasquinho de final de semana" todos sabem como resolver os mais variados problemas do mundo. Criticar é fácil, difícil é assumir posições e assumir soluções pessoais para os problemas. Se envolver com soluções é ruim, pega mal, alguem que conheço e faz errado pode se indispor. Todos os dias estamos vendo e ouvindo um milhão de atos que foram tomados de forma errônea e  gerando consequencias catastróficas. Vamos continuar não fazendo NADA???? Será que é assim a forma mais ética de viver??? Imaginemos UM DIA somente UM DIA de atos sensatos e corretos neste nosso pais. Congressso sensato, Senado sensato, Prefeitos e Camaras sensatos, o Síndico do meu prédio, o Presidente da Associação do meu bairro, todos agindo de forma correta, sem subornos, fraudes, sacanagens ou atos insensatos tomados em prol de si mesmo ou de um séquito que os seguem. Já imaginaram??? UM DIA ...UM DIA só com toda o nosso destino sendo tratado de forma correta. Com os pais chegando em casa e olhando seus filhos com a certeza do dever cumprido. Acho que só nós, trabalhadores das 8:00hs às 18:00 hs (ou mais), que não temos tempo para ficar pensando em como podemos nos beneficiar de atos em detrimento de outros, podemos fazer isso. Chegar em casa cansados, exaustos, mas encarar nossos filhos de forma decente, tendo o certeza de que mais um dia cumprimos nossa missão."
  • SENHORES QUE CUIDAM DE NOSSOS DESTINOS, PENSEM UM POUCO MAIS ANTES DE ASSINAREM QUALQUER ATO. LEIAM E REFLITAM A CERCA DOS EFEITOS DAQUILO QUE FAZEM.
  •  INDEPENDENTE DE "QUANTO TEMOS GUARDADO NOS BANCOS" VAMOS MORRER UM DIA E QUEM FICARÁ AQUI  SÃO NOSSOS FILHOS E NETOS E DEPOIS NOSSOS BISNETOS. QUE MUNDO ESTAMOS PREPARANDO PARA ELES????!!!!.....

British Airways usará biocombustível feito de lixo a partir de 2014

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

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O Globo

Publicado:Atualizado:
A companhia de aviação British Airways fechou um acordo para a construção da primeira planta europeia de produção de biocombustível para aviões.
Segundo o repórter da BBC Richard Scott, a unidade deverá ser capaz de produzir 60 milhões de litros de combustível para abastecer os jatos da empresa britânica a partir de 500 mil toneladas de lixo.
A planta começará a ser erguida em 2012 na zona leste de Londres pela empresa americana Solena Group e deverá entrar em operação daqui a quatro anos. Pelo acordo, o grupo americano custeará a construção, enquanto a British Airways se compromete a comprar toda a sua produção.
Segundo a companhia, com esses 60 milhões de litros será possível abastecer apenas 2% dos voos que decolam do Heathrow, o principal aeroporto inglês.
Além de ser menos poluente, esse biocombustível é mais benéfico ao meio ambiente por reaproveitar o lixo comum. Normalmente, esse material permanece em aterros sanitários produzindo gás metano, um dos gases causadores do efeito estufa.
Biocombustíveis para aviação
A iniciativa da British Airways vem na esteira de outras medidas adotadas por empresas do setor.
Em fevereiro de 2008, a Virgin Atlantic Airways realizou um voo pioneiro à base de biocombustível entre Londres e Amsterdã. O Boeing 747 voou sem passageiros a bordo e teve um de seus quatro motores movido por um biocombustível produzido a partir de óleo de coco babaçu.
Desde então, diversos voos a partir de outros biocombustíveis experimentais vêm sendo realizados pelo projeto Combustível Sustentável para Aviação, uma iniciativa que inclui companhias aéreas, como a própria Virgin e a Continental Airlines, além de fabricantes de aeronaves como a Boeing.
Em um relatório divulgado em junho do ano passado, o grupo diz que seus biocombustíveis produzem 65% a 80% menos gás carbônico do que os combustíveis à base de petróleo.
"Todas as combinações utilizadas em voos teste atingiram ou mesmo superaram as expectativas de performance como combustível de avião", diz o relatório. "Para todos os voos experimentais, os biocombustíveis não demonstraram qualquer efeito adverso nas aeronaves", completa o texto

Movimento Gota D'água

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

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Indignação contra Belo Monte. Acesse o site http://www.movimentogotadagua.com.br/assinatura e assine a petição, ajude assim a fazer com que o interesse do povo e não dos políticos seja respeitado. "Uma gota move o oceano!" Compartilhe.

RESIDUOS ORGANICOS E HORTA CASEIRA

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

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Empresário ganha dinheiro com lixo eletrônico

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O analista de informática João Batista apostou em uma idéia inovadora e montou uma empresa de reciclagem de material eletrônico
Lixo eletrônico
João teve a ideia de abrir a empresa após assistir uma palestra sobre os problemas ambientais provocados pelo lixo eletrônico quando terminou o curso de tecnólogo em redes
A logística reversa consiste em extrair de bens já utilizados insumos para a produção de novos produtos. Essa é a técnica adotada pelo analista de informática João Batista de Barros, 53 anos, para reciclar material eletrônico. O empresário criou a empresa DIOXL em 2009 e contou com a ajuda do Sebrae no DF para colocar a ideia em prática. Em menos de três anos de existência, o negócio já começa a se expandir.
A empresa que, no início, reciclava apenas as partes de ferro e plástico, já começa a dedicar-se a placas de memória e processadores. “Vamos dar início à nova fase em janeiro. Já temos 12 toneladas de material estocado. O ideal é processar oito toneladas por mês”, explica João.
Por meio da logística reversa, a DIOXL extrai, além do plástico e do ferro, substâncias poluentes como manganês, zinco e cloreto de amônia de equipamentos obsoletos. Essas substâncias podem ser utilizadas na produção de outros produtos. “São materiais muitos pesados que, se não tiverem à destinação adequada, contaminam o meio ambiente, principalmente o lençol freático”, alerta o empreendedor.
João teve a ideia de abrir a empresa após assistir uma palestra sobre os problemas ambientais provocados pelo lixo eletrônico quando terminou o curso de tecnólogo em redes. “A minha monografia foi focada no tratamento de resíduos eletrônicos pelo processo de reverter a matéria prima de um equipamento usado em insumo para outra máquina”, reitera.
O trabalho passou pela banca do curso, mas João não se deu por satisfeito. Apresentou a ideia ao Sebrae no DF que avaliou a possibilidade de execução do projeto. Depois, recorreu de novo à instituição para elaborar o plano de negócios da empresa. “Foi o Sebrae também que ajudou a fazermos o registro da empresa e nos incentivou a alugar um espaço físico para a empresa que, antes, funcionava virtualmente e em salas compartilhadas”, lembra João. Hoje, a DIOXL realiza a reciclagem dos produtos em um galpão alugado em Ceilândia.
“No começo foi tudo muito difícil. Não tínhamos recursos financeiros e nem parâmetros para estruturar a empresa e dar início às atividades de reciclagem. Graças ao apoio do Sebrae conseguimos levar a ideia inovadora adiante”, conta. Atualmente, a empresa tem parcerias com cooperativas de material reciclado e conta com a ajuda de professores das universidades de Brasília e federal do Rio Grande do Sul para dar início à reciclagem de circuitos internos de eletrônicos.

Falta de compradores faz coleta de BOPP fraca em cooperativas e recicladoras

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Noticias / Reciclagem

Material ainda não é lucrativo para cooperativas e não há compradores para recicladoras

O plástico metalizado dos salgadinhos, o tal de BOPP, tem controvérsias quando o assunto é reciclagem. A prefeitura da cidade de São Paulo diz que o material não é considerado reciclável e que, por isso, as cooperativas ligadas à instituição não fazem o recolhimento. No entanto, estudos no exterior apontam que o material é 100% reciclável
Para jogar uma luz na questão, a eCycle entrou em contato com algumas cooperativas e recicladoras paulistanas cadastradas na sessão Postos de Reciclagem. No entanto, a resposta foi a mesma em todos locais.
De acordo com cooperados da Cooperação, localizada na Vila Leopoldina, pacotes de biscoito e salgadinho chegaram a ser reunidos pela cooperativa há pouco tempo, mas o reciclador que fez a encomenda não procurou o material para comprá-lo, como combinado. Atualmente, o material é coletado de forma não sistematizada, caso exista algum comprador eventual.
Na cooperativa Brasil Coleta, localizada no bairro do Sacomã, a resposta é parecida. Esse tipo de plástico não é valorizado pelos compradores, portanto, os cooperados não perdem tempo coletando-o. Quando algum carregamento contando BOPP é despejado para a triagem ser realizada no local, o que ocorre é simplesmente a destinação no lixo comum.
Recicladoras
A conversa, infelizmente, é parecida na recicladora Beca, localizada no bairro do Belenzinho. A recicladora não trabalha com esse tipo de material porque há poucas empresas que o utilizam a fim de constituírem novo produto.
Em São Paulo, existem apenas duas empresas recicladoras de PP que também reciclam BOPP. Tais empresas reciclam apenas BOPP de origem industrial, e informaram que não trabalham com BOPP pós-consumo devido aos problemas de lavagem e separação do material.
De acordo com Centro de Tecnologia de Embalagem e Instituto de Tecnologia de Embalagens para Alimentos (CETEA-Ital), as embalagens de BOPP só não são mais recicladas por falta de informação e coleta seletiva do material. Aldo Mortara, gerente corporativo de tecnologia da Vitopel, menciona que “um grande volume de embalagens pós-consumo direcionado para coleta e reciclagem é descartado por excesso de contaminação e misturado com outros materiais. Em suma, o processo requer iniciativas concretas dos produtores, educação e atitude do usuário, e um sistema de coleta disponível”, segundo entrevista ao site Arca Universal.
Reportagem e texto: Alberto Cerri
Pesquisa: Silvia Oliani

"Rainha" do papelão é a pessoa mais rica da China

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

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O lixo dos Estados Unidos transformou Zhang Yin na pessoa mais rica da China. Em 1990, Zhang começou a coletar papel usado em Los Angeles e a enviá-lo para a China, onde seria utilizado na confecção do papelão necessário para os setores exportadores do país em expansão.
Sua empresa, a Nine Dragons Paper Holdings Ltd., é atualmente a maior fabricante de embalagens da China. As ações da Nine Dragons quadruplicaram de valor desde sua Oferta Pública Inicial (OPI), realizada em março do ano passado, levando a fortuna de Zhang a US$ 4,7 bilhões.
"Outras pessoas viam o papel usado como lixo, mas eu o encarei como se fosse uma floresta cheia de árvores", diz Zhang, de 49 anos. "Eu tive de aprender tudo do zero. O negócio era tocado apenas por mim e por meu marido, e eu não falava uma palavra de inglês", recorda.
Investidores como a Merrill Lynch & Co. e o Baring Asset Management estão apostando em Zhang - que é filha de um oficial do Exército chinês da época da revolução comunista -, pois as empresas chinesas, que fabricam produtos que vão de computadores a bicicletas, precisam cada vez mais de caixas de papelão. Na última década, as exportações da China quintuplicaram, passando a US$ 762 bilhões.
"A empresa de Zhang é a líder do setor", diz Lilian Co, que administra US$ 2,7 bilhões em ativos no Baring Hong Kong China Fund, o quarto maior acionista da Nine Dragons, com 29 milhões de ações da companhia. "O mercado está se expandindo e há escassez de oferta".
Líder entre grandes fortunas
Zhang é a "self-made woman" mais rica do mundo, à frente da apresentadora de talk show norte-americana Oprah Winfrey e da principal executiva do site EBay Inc., Meg Whitman, segundo a Hurun Report, revista de Xangai que produz o ranking das pessoas mais ricas da China.
Em outubro, a Hurun disse que Zhang era a pessoa mais rica da China, após ter superado Huang Guangyu, fundador da Gome Electrical Appliance Holdings Ltd. A revista estimava a fortuna de Zhang em US$ 3,4 bilhões, comparativamente aos US$ 2,5 bilhões de Huang.
Zhang também é membro da Conferência Política Consultiva do Povo da China, órgão que fornece consultoria ao governo chinês e cuja função é parecida com à de uma Câmara Alta do Legislativo.
A empresa registrou lucro líquido de 1,37 bilhão de iuanes (US$ 127 milhões) no período de 12 meses encerrado em 30 de junho do ano passado, o que representa uma alta de 450% em relação à cotação vigente há um ano.
As vendas da empresa corresponderam ao dobro de sua concorrente mais próxima, a Lee & Man Paper Manufacturing Ltd., com ações negociadas em Hong Kong.
Perd
a de emprego dá impulso
 carreira de Zhang acompanha a abertura econômica da China que, desde o início da década de 1980, tem estimulado a produção de bens de consumo para a exportação.
Em 1985, ao chegar à então colônia britânica de Hong Kong, originária da província vizinha de Cantão, Zhang atuava como contadora de uma trading chinesa que foi à falência no período de um ano.
"Quando perdi meu emprego, eu tive que fazer uma escolha", lembra ela, passando com facilidade do idioma putonghua, língua nacional da China, para o cantonês, dialeto da Província de Cantão. "Eu poderia voltar à China ou poderia encontrar um emprego em Hong Kong. Um empresário de Hong Kong chegou a me oferecer um salário de 500 mil dólares de Hong Kong".
Zhang recusou a proposta de emprego não específica - e um salário equivalente a US$ 64 mil, ou 10 vezes a renda per capita de Hong Kong à época - e provou que não era uma desempregada qualquer. O pai de Zhang havia sido tenente do Exército Vermelho à época da revolução comunista, posição que lhe proporcionou relacionamentos com pessoas influentes depois que o Partido Comunista assumiu o poder na China, em 1949, diz Albert Louie, da consultoria de risco A. Louie & Associates, de Pequim.

13 super curiosidades sobre o lixo

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1. Os mais velhos resíduos do mundo foram encontrados na África do Sul e têm cerca de 140 mil anos de idade. Esse lixo milenar - que contém ossos, carvão, fezes e restos de cerâmica - oferece informações preciosas sobre os hábitos de vida do homem antigo 2. No ano 500 a.C., Atenas criou o primeiro lixão municipal, exigindo que os detritos fossem jogados a pelo menos 1,6 quilômetro das muralhas da cidade 3. O inventor inglês Peter Durand patenteou a lata de lixo em 1810 4. Aterros sanitários representam a maior fonte de metano produzido pelo homem. A cada ano, 7 milhões de toneladas de metano vão parar na atmosfera 5. Os americanos produzem 212 milhões de toneladas de lixo por ano, das quais 43 milhões de toneladas são restos de comida 6. Isso significa 711 quilos produzidos por habitante a cada ano 7. No Brasil, são 88 milhões de toneladas de lixo por ano, ou 470 quilos por habitante 8. Das 13.800 toneladas de lixo produzidas por dia na cidade de São Paulo, apenas 1% é reciclado 9. Curitiba é o município brasileiro que mais recicla: 20% de todos os resíduos 10. No mundo, o Japão é um dos países que mais reciclam: 50% do lixo é reaproveitado 11. Os americanos jogam fora 50 bilhões de latas de alumínio por ano. Todas as latas desse material que foram para o lixo nos Estados Unidos nas últimas três décadas valem quase US$ 20 bilhões 12. No quesito alumínio, o Brasil vai bem: é o país que mais recicla latas no planeta. Em 2004, foram 9 bilhões de latinhas reaproveitadas, ou 96% da produção total do país o único problema é que isso é causado por pessoas pobres que coletam as latas de para vendê-las e viver com isso. 13. Em 2002, o oceanógrafo americano Charles Moore vasculhou uma área de 800 quilômetros quadrados do Oceano Pacífico e encontrou 4,5 quilos de resíduos plásticos flutuando no mar para cada meio quilo de plâncton.

Avanços da Política Nacional de Resíduos Sólidos

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09/11/2011
Completou um ano de existência a Lei 12.305 de 2 de agosto de 2010 que criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Durante esses 12 meses foram realizados vários seminários, eventos, workshops e reuniões para tentar entender e desvendar as diversas questões deixadas pela PNRS.
Cabe então a pergunta: nessas discussões apareceram algumas respostas?

IAP PARANÁ MISSÃO E ATRIBUIÇÕES

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Diante de toda uma crise mundial com os recursos naturais, temos cada vez mais buscar alternativas para conseguir manter o equilíbrio entre o ser humano e seu desejo de crescimento, com a natureza e o bem estar social.
Para buscar esse equilíbrio, existem institutos como o IAP.
O Instituto Ambiental do Paraná – IAP, entidade autárquica, foi instituído em 1992, através da Lei Estadual no 10.066, de 27 de julho com a criação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente. É sucessor de instituições que contam com anos de existência, cujas origens remontam quase aos tempos da emancipação política do Paraná.
Há mais de 100 anos, o Estado do Paraná, vem desenvolvendo o seu serviço de cartografia oficial, originariamente através do antigo DGTC – Departamento de Geografia, Terras e Colonização. A intervenção no processo de disciplinamento da ocupação do território foi adotada no ano de 1892, com a edição da LEI DE TERRAS de nº 68.

Origens do IAP – ITCF
  • O Instituto de Terras, Cartografia e Florestas – ITCF, teve sua origem, em 1923 na Inspetoria de Terras e Colonização.
  • Em 1928, passou a ser o Departamento de Terras e Colonização do Estado.
  • Em 1942 evoluiu para Departamento de Geografia, Terras e Colonização – DGTC.
  • Em 1947, mudou seu regime, passando ser a Fundação Paranaense de Colonização e Imigração – FPCI.
  • Em 1972, por força da Lei Estadual nº 6.316 de 20 de setembro foi transformado em Fundação Instituto de Terras e Cartografia – ITC.
  • Em 1985, através do Decreto Estadual nº 5799, de 26 de junho, alterou o Estatuto do ITC, acrescentando as atribuições relativas à proteção florestal, constituindo o Instituto de Terras, Cartografia e Florestas – ITCF.

Missão
“Proteger, preservar, conservar, controlar e recuperar o patrimônio ambiental, buscando melhor qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável com a participação da sociedade.”

Atribuições
  • Cumprir a legislação ambiental, exercendo, o poder de polícia administrativa, controle, licenciamento e fiscalização.
  • Conceder licenciamento ambiental prévio para instalação, operação e ampliação de atividades poluidoras ou perturbadoras do meio ambiente; Licenciar empreendimentos florestais e autorizar desmates.
  • Estudar e propor normas, padrões e especificações de interesse para a proteção da qualidade ambiental.
  • Analisar e emitir pareceres em projetos, relatórios de impacto ambiental e de riscos.
  • Elaborar, executar e controlar planos e programas de proteção e preservação da biodiversidade e a integridade do patrimônio genético.
  • Participar da administração de parques e reservas de domínio dos municípios ou da União, mediante convênios.
  • Incentivar e assistir às prefeituras municipais no tocante à implementação de bosques, hortos e arborização urbana e repovoamento de lagos e rios.
  • Executar e fazer executar a recuperação florestal de áreas de preservação permanente degradadas e de unidades de conservação, diretamente ou através de convênios e consórcios.
  • Fiscalizar, orientar e controlar a recuperação de áreas degradas por atividades econômicas de qualquer natureza.
  • Promover, coordenar e executar a educação ambiental formal e não formal.
  • Executar o monitoramento ambiental, em especial da quantidade e qualidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, do ar e do solo.
  • Controlar e fiscalizar os agrotóxicos e afins e produtos perigosos, quanto ao transporte e destinação final de resíduos, nos termos da legislação específica vigente.
  • Cadastrar os produtos agrotóxicos utilizados no Estado, quanto ao seu aspecto ambiental.
  • Definir a política Florestal do estado, observados seus aspectos sócio-econômicos e ecológicos.
http://www.sempretops.com/meio-ambiente/iap-parana/

Responsabilidade Ambiental

domingo, 6 de novembro de 2011

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O que é responsabilidade ambiental
Responsabilidade Ambiental é um conjunto de atitudes, individuais ou empresarias, voltado para o desenvolvimento sustentável do planeta. Ou seja, estas atitudes devem levar em conta o crescimento econômico ajustado à proteção do meio ambiente na atualidade e para as gerações futuras, garantindo a sustentabilidade.

Exemplos de atitudes que envolvem a responsabilidade ambiental individual:
- Realizar a reciclagem de lixo (resíduos sólidos).
- Não jogar óleo de cozinha no sistema de esgoto.
- Usar de forma racional, economizando sempre que possível, a água.
- Buscar consumir produtos com certificação ambiental e de empresas que respeitem o meio ambiente em seus processos produtivos.
- Usar transporte individual (carros e motos) só quando necessário, dando prioridades para o transporte coletivo ou bicicleta.
- Comprar e usar eletrodomésticos com baixo consumo de energia.
- Economizar energia elétrica nas tarefas domésticas cotidianas.
- Evitar o uso de sacolas plásticas nos supermercados.

Exemplos de atitudes que envolvem a responsabilidade ambiental empresarial:
- Criação e implantação de um sistema de gestão ambiental na empresa.
- Tratar e reutilizar a água dentro do processo produtivo.
- Criação de produtos que provoquem o mínimo possível de impacto ambiental.
- Dar prioridade para o uso de sistemas de transporte não poluentes ou com baixo índice de poluição. Exemplos: transporte ferroviário e marítimo.
- Criar sistema de reciclagem de resíduos sólidos dentro da empresa.
- Treinar e informar os funcionários sobre a importância da sustentabilidade.
- Dar preferência para a compra de matéria-prima de empresas que também sigam os princípios da responsabilidade ambiental.
- Dar preferência, sempre que possível, para o uso de fontes de energia limpas e renováveis no processo produtivo.
- Nunca adotar ações que possam provocar danos ao meio ambiente como, por exemplo, poluição de rios e desmatamento.

LEIS AMBIENTAIS

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Principais leis de proteção ambiental no Brasil

- Novo Código Florestal Brasileiro - Lei nº 4771/65 (ano 1965)

- promulgada durante o segundo ano do governo militar, estabeleceu que as florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, ...são bens de interesse comum a todos os habitantes do País.

- Política Nacional do Meio Ambiente - Lei nº 6938/81 (ano 1981)

- tornou obrigatório o licenciamento ambiental para atividades ou empreendimentos que possam degradar o meio ambiente. Aumentou a fiscalização e criou regras mais rígidas para atividades de mineração, construção de rodovias, exploração de madeira e construção de hidrelétricas.

- Lei de Crimes Ambientais - Decreto nº 3179/99 (ano 1999)

- instituiu punições administrativas e penais para pessoas ou empresas que agem de forma a degradar a natureza. Atos como poluição da água, corte ilegal de árvores, morte de animais silvestres tornaram-se crimes ambientais.

- Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SUNC) - Lei nº 9985/2000 (ano 2000)

- definiu critérios e normas para a criação e funcionamento das Unidades de Conservação Ambiental.

- Medida Provisória nº 2186-16 (ano 2001)

- deliberou sobre o acesso ao patrimônio genético, acesso e proteção ao conhecimento genético e ambiental, assim como a repartição dos benefícios provenientes.

- Lei de Biossegurança - Lei nº 11105 (ano 2005)

- estabeleceu sistemas de fiscalização sobre as diversas atividades que envolvem organismos modificados geneticamente.

- Lei de Gestão de Florestas Públicas - Lei nº 11284/2006 (ano 2006)

- normatizou o sistema de gestão florestal em áreas públicas e criou um órgão regulador (Serviço Florestal Brasileiro). Esta lei criou também o Fundo de Desenvolvimento Florestal.

- Medida Provisória nº 458/2009 (ano 2009)

- estabeleceu novas normas para a regularização de terras públicas na região da Amazônia.

“Lixo não existe. Resíduos sólidos são matéria-prima a ser reaproveitada",

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Ana Lúcia Caldas       Repórter do Radiojornalismo

Brasília - A reciclagem de resíduos sólidos movimenta cerca de R$ 12 bilhões por ano. Tudo que é descartado pode se transformar em matéria-prima para a indústria por meio de uma correta coleta seletiva do lixo.
Para o coordenador do Núcleo de Educação Ambiental do Prevfogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Genebaldo Freire, a coleta seletiva pressupõe um planejamento rigoroso e o contato com as cooperativas de catadores, para que todos saibam o que será aproveitado e qual será o encaminhamento adequado para vidros, pilhas, baterias, plástico e metal.
“Em muitos lugares o processo está acontecendo de uma forma natural, tanto que não usamos mais o termo lixo, porque é sinônimo do que não presta. Usamos resíduos sólidos, porque significa matéria-prima a ser reaproveitada. Lixo não existe.”
O interesse pela reciclagem de pneus e eletroetrônicos tem aumentado no país. O tempo médio de utilização de computadores e impressoras, por exemplo, é cinco anos. Para as geladeiras e os fogões, algumas empresas já se especializam na coleta, desmotagem e encaminhamento para as usinas de reciclagem.
A coordenadora de Consumo Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Fernanda Daltro, diz que este é um dos pontos que está sendo discutido com os setores envolvidos. “Nós temos alguns programas voluntários, como o das operadoras de celulares. Estamos pensando em mecanismos de comunicação para o consumidor saber onde deve devolver os aparelhos e equipamentos.”
Para Severino Lima Júnior, do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis, é possível ganhar dinheiro com o material reciclado embora existam alguns problemas. “As cooperativas bem organizadas conseguem um bom preço. No Nordeste, por exemplo, tem poucas indústrias e por isso a garrafa PET é vendida a R$ 0,80. Em São Paulo o preço é R$ 1,30.”
Um estudo feito pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre) mostra que o ganho médio do catador é 1,5 salário mínimo nas regiões Sudeste e Sul e um salário mínimo nas demais regiões.
Joel Carneiro é catador há 20 anos e trabalha no Aterro Sanitário de Brasília. Segundo ele, dá para viver de reciclagem. Carneiro também faz parte de uma cooperativa, o que tem facilitado e proporcionado parcerias com o empresariado.
Atualmente é possível transformar até o resíduo hospitalar. O Hospital Instituto de Medicina e Cirurgia do Paraná instalou um equipamento, o Newster 10, que trata os resíduos através de trituração e esterilização. Depois de meia hora em funcionamento , e de um resfriamento feito com a ajuda de água, os resíduos saem prontos para voltar à natureza sem comprometer o meio ambiente.
“Estamos facilitando a estrutura hospitalar”, explica o médico José Lazarotto de Mello e Souza. A máquina transforma em lixo comum os materiais para diálise, como placas e tubos, e até mesmo os de laboratório, como caixas para cultura de micróbios.
Edição: Andréa Quintiere

RESÍDUOS SÓLIDOS OU MATÉRIA PRIMA ( 02 )

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2. Resíduo: lixo ou matéria-prima

A economia pode ser definida, de modo bem simples, como o estudo da produção e da distribuição das riquezas. Entretanto essa riqueza é o produto da combinação de dois fatores interligados: (1) a inteligência e o trabalho humanos e (2) sua capacidade de exploração das matérias proporcionadas pelo ambiente. Segundo Herrera (1977), ao serem utilizadas no processo de produção essas matérias proporcionadas pelo ambiente podem ser definidas como “recursos naturais”.

Assim, os recursos naturais podem ser entendidos como “aquelas partes da natureza que podem ser aproveitadas num momento dado. É, portanto, um conceito dinâmico, pois são o trabalho e a inteligência humanos que fazem com que a matéria passe à condição de recurso” (BENJAMIM, 1990: 10; apud SILVEIRA, 2000).

Neste sentido, o estudo dos resíduos oferece um rico suporte para a análise das implicações geradas historicamente através da natureza. Se “nada se perde e tudo se transforma”, temos um sistema relativamente fechado onde o resíduo é o resultado da transformação da natureza.

Preferimos usar a palavra resíduos ao invés de lixo pois a palavra lixo vem constantemente carregada de significados ligados ao que não serve mais e, como sabemos, este não servir é carregado de relatividade e dinamismo. Segundo Bérrios (2003), lixo pode ser considerado o produto na saída de um sistema (output), ou seja, aquilo que foi rejeitado no processo de fabricação, ou que não pode mais ser reutilizado em função das tecnologias disponíveis. Assim, na língua portuguesa, o termo resíduo sólido tem substituído a palavra lixo numa tentativa de desmistificar o produto do metabolismo social e urbano.

De uma forma geral, a gestão de resíduos está referida a dois tipos de atitude: (1) aplicação de tecnologias na remediação e tratamento de resíduos pós-consumo e (2) adoção de medidas preventivas para a conservação de recursos e regulação da produção de bens (BÉRRIOS, 2003).

Alguns países desenvolvidos já têm a segunda atitude como plano de gestão obrigatório. Entretanto, para a maioria dos países, é a primeira alternativa que tem motivado o desenvolvimento da reciclagem.

Tecnicamente, a reciclagem pode ser definida como uma forma de tratamento dos resíduos que contribui para a minimização dos impactos causados pela sua disposição final no ambiente. Por este método, diversos materiais que seriam enterrados retornam ao ciclo de vida como matéria-prima de outro produto. De acordo com Ogata (1999), entre os principais benefícios desta atitude estão: (1) a diminuição de áreas reservadas ao destino final, aterros e lixões; (2) a redução da exaustão dos recursos não renováveis; (3) economia de energia e água ao poupar matéria-prima virgem.

Por outro lado, a reutilização e a reciclagem são conceitos carregados de significados subjetivos, muitas vezes calcados em crenças e tabus relacionados aos conceitos de higiene, de morte e de degradação moral. Isto fica evidenciado nas obras críticas do artista alemão Hundertwasser através do seu entendimento da relação natureza-sociedade a partir das cinco peles – epiderme, roupas, casa, identidade, Terra – e do “Manifesto da Santa Merda” que chama a atenção para o tabu do excremento (RESTANY, 1999).

Esses significados subjetivos que envolvem a reciclagem mexem com questões bastante profundas como, por exemplo, nossos sentimentos religiosos. Eigenheer (1989) coloca esta questão sob o ponto de vista das religiões mais antigas como o budismo e taoísmo: a morte (fonte da vida) deverá ser vencida pela “transformação” para a conquista de uma “nova vida”, assim o próprio resíduo - “vida em abundância” querendo “renascer” - é reintroduzido, através da reciclagem, no “ciclo” da natureza, superando assim a “morte”. No mesmo sentido, mas a partir de outra matriz religiosa, se partimos do princípio de que a reciclagem dá aos descartes uma vida eterna, então, segundo Calderoni (1999), a reciclagem implica em “ressuscitar” materiais, permitir que outra vez sejam aproveitados.

Contudo não são estes os motivos que atraem as indústrias a desenvolverem a reciclagem. A preocupação das indústrias está na recuperação das propriedades físicas e químicas dos materiais; além de reincorporar ou economizar de alguma forma a energia despendida na produção. Por outro lado, além da reprodução ampliada do capital empregado na produção, o interesse maior recai sobre a revalorização do trabalho que foi socialmente utilizado em sua produção e que nele continua incorporado. Mais do que recuperar o valor de uso dos materiais, o que interessa nos processos de reciclagem é resgatar o seu valor de troca.

Numa tentativa de relativizar estes conceitos de eterno retorno que abrangem a vida e a morte dos materiais e a reciclagem enquanto superação da matéria e transmutação do valor de uso em valor de troca dos materiais, cabe citar um trecho de Karl Marx da obra “O Capital”, que é seguidamente lembrado por outros autores como Leal et al. (2002). No capítulo 7 do volume I, intitulado “Processo de trabalho e produção de mais-valia”, Marx (1986: 148) escreve que:

“O ferro enferruja, a madeira apodrece. O fio que não se emprega, na produção de tecido ou de malha, é algodão que se perde. O trabalho vivo tem de apoderar-se dessas coisas, de arrancá-las de sua inércia, de transformá-las de valores-de-uso possíveis em valores-de-uso reais e efetivos. O trabalho, com sua chama, delas se apropria como se fossem partes do seu organismo, e de acordo com a finalidade que o move lhes empresta vida para cumprirem suas funções; elas são consumidas, mas com um propósito que as torna elementos constitutivos de novos valores de uso, de novos produtos que podem servir ao consumo individual como meios de subsistência ou a novo processo de trabalho como meios de produção.”


Assim sendo, podemos dizer que, de uma forma geral, resíduos são porções de materiais sem significado econômico aparente em função de sua quantidade ou qualidade, sobras de processamentos industriais, domésticos ou comunitários a serem descartados, ou, ainda, qualquer coisa de que se deseje desfazer-se o mais rápido possível.

Finalizando, e para retornar à questão da determinação histórico-social do conceito de resíduo, é interessante notar que, segundo Silveira (2000), não basta verificar apenas quanto e o que tem sido produzido ao longo dos tempos. Segundo a autora é necessário compreender quais são as relações subjetivas que engendram as formas de produção, bem como as diferentes maneiras de destinação dos resíduos, sejam elas lineares - disposição final em lixões ou aterros - ou cíclicas - reciclagem, reutilização ou compostagem.

Deixamos para outra oportunidade destacar que o conceito de resíduo sólido utilizado está referido aos objetivos de inclusão social dos catadores de materiais recicláveis. Isso é resultado do ponto de vista adotado que privilegia o interesse e a afirmação destes agentes sociais.