Grupo gerador a etanol para 40 kVA.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012


Outros aspectos positivos da utilização do etanol como fonte de energia para uso no meio rural ou em localidades isoladas são:
ü Alívio do sistema elétrico, principalmente no horário de ponta.
ü Economia para os setores que, podendo gerar energia no horário de ponta, deixam de adquiri-la a um custo elevado.
ü Atendimento da demanda do usuário na medida certa de sua necessidade, evitando desperdício.
ü Geração de emprego e renda no local da produção de energia e no seu entorno.
ü Promoção do espírito cooperativista e do desenvolvimento integrado de forma economicamente igual.
ü Contribuição para a redução de emissão de gases de efeito estufa, ao substituir a geração com óleo diesel por um combustível renovável.
ü O plantio de cana-de-açúcar, por meio da fotossíntese, contribui para o sequestro de carbono na atmosfera.
ü Menor custo de manutenção com redes elétricas.
ü Contribuição para o fortalecimento de empresas nacionais na fabricação de motores e grupos geradores a álcool, e a consolidação de tecnologia nacional para esse tipo de geração.
ü Permite a produção de energia elétrica independentemente de reservatórios e barragens e a continuidade de fornecimento ao longo do ano.
ü Não fica suscetível às frequentes quedas no fornecimento de energia.
ü O combustível pode ser armazenado com facilidade e segurança para fins estratégicos.
ü O custo da energia não ficaria sujeito a variações cambiais, como acontece com os combustíveis fósseis ou o etanol industrial vinculado à gasolina.
ü Favorece a preservação do meio ambiente, pelo aproveitamento dos resíduos gerados em processos agrícolas.
ü Permitirá a inclusão de um novo agente de produção de energia elétrica, contribuindo assim para a consolidação de um novo modelo de mercado competitivo (ORTEGA FILHO, 2003).
ü É notório o freqüente desabastecimento de óleo diesel em nossas fronteiras agrícolas. Assim, a produção localizada de etanol e sua utilização em máquinas agrícolas podem contribuir para redução dos custos de produção, uma vez que o óleo diesel é um dos grandes responsáveis pelo aumento desses custos.
ü O domínio da tecnologia, desde o desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar com alta resistência a pragas e doenças e alta produtividade até a produção de grupos geradores a álcool, colocará o Brasil em condições de exportá-los para países das regiões tropicais (África, América Latina, Caribe, entre outras).
Adicionalmente, uma termoelétrica, projetada para uso do etanol, poderia, em cidades isoladas como nos Estados da região Norte, ser ecologicamente alimentada com etanol produzido por agricultores locais. Esse fato mostra ser o etanol um combustível estratégico para o fornecimento de energia elétrica para o País (em casos emergenciais) e um substituto em potencial para o óleo combustível e o carvão mineral utilizado em termoelétricas. Países como Haiti e Cuba, que já são produtores de cana-de-açúcar, poderiam ser amplamente beneficiados. Indiretamente, o Brasil, que já domina a tecnologia de motores e geradores, se beneficiaria com a exportação desses equipamentos.
Os impactos positivos da disponibilidade de energia em qualquer comunidade são facilmente observados. Para isso, basta comparar os aspectos sociais, econômicos e culturais antes e depois da chegada da energia. Uma das causas do empobrecimento, do êxodo rural e da falta de perspectiva de quem vive no meio rural é a falta de energia elétrica. Com a implantação de culturas energéticas, como a da cana-de-açúcar, para produção de energia e alimentos, novas oportunidades de negócio aparecerão, devido à possibilidade do desenvolvimento de atividades agrícolas e pecuárias, dependentes de energia.
Acreditamos que a produção de álcool combustível em microdestilarias, seja em sistemas cooperativos ou individuais, poderá transformar a realidade de milhares de brasileiros. Para isso, é necessário o financiamento e desenvolvimento de tecnologia de baixo custo, ambientalmente correta e eficiente, compatível com o nível socioeconômico do homem do campo, como aqui proposto.
Havendo vontade e decisão política, o Brasil será, inevitavelmente, o exemplo que os países tropicais precisam para fortalecer a agricultura familiar, com a implantação de um programa de incentivo à produção de álcool em microdestilarias e suas aplicações na propriedade rural.

BETIOL JUNIOR, G., STRAZZI, P. E., CARMO, J. R. do. Metodologia de análise técnica para redução de custo no planejamento das obras do programa "Luz Para Todos" em São Paulo. In: ENCONTRO DE ENERGIA NO MEIO RURAL, 6., 2006, Campinas
EMBRAPA. Sistema rural de bioenergia: microdestilaria, biodigestor e gerador de eletricidade. Sete Lagoas: EMBRAPA/Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo, s/d. 15 p.
INOUE, G. H. Uso do óleo vegetal em motor estacionário de ciclo diesel. 92 f. 2008. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.
ORTEGA FILHO, S. O potencial da agroindústria canavieira do Brasil. Serrana: PHB Industrial S.A. 2003, 9p.
SOUZA, C. M. de; BRAGANÇA, M. da G. LIMA; SILVA, V. Z. Projeto casa de máquinas: como implantar uma unidade de processamento de cana-de-açúcar; fabricação de melado, rapadura e açúcar mascavo. Belo Horizonte: CEMIG/GTZ/EMATER-MG, 1998. 18 p

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabens pelo artigo, realmente o etanol tem muito a contribuir neste sentido.
Para complementar um pouco gostaria de registrar que existem empresas focadas na geração de energia limpa. Exemplo é a Geraflex, empresa que lançou de forma inédita/pioneira a geração de energia a partir do etanol e produz comercialmente 2 modelos de grupos geradores movidos a etanol, sendo de 60kVA e 85kVA. Mais informações em www.geraflex.com.br
Esta empresa é parte da solução. Sejamos todos nós...

KSX Representação Comercial disse...

Excelente reportagem!
Hoje devemos buscar pelo sustentavél e é fundamental, precimos progredir mais neste caminho, devemos dar nosso apoio e contribuir para o crescimento do mercado neste sentido.

Postar um comentário